Receber a notícia com diagnóstico do câncer é muito doloroso e muitas vezes pode ser inaceitável. Porém, o grande desafio está em manter o equilíbrio não só do corpo, mas também da mente. No Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro), a psicóloga credenciada à Rede Hapvida, Danielle Azevedo, apresentou alguns processos pelos quais algumas pessoas passam ao ser diagnosticadas com câncer, e destacou que o apoio de familiares, amigos e animais de estimação, são aliados nessa luta contra a doença.
Para a especialista, falar do câncer é tratar de um assunto cristalizado, em muitos casos, pelo fato da doença ser considerada grave. “No processo inicial de aceitação do diagnóstico, a dificuldade ocorre de certo modo, na utilização do termo câncer. Algumas pessoas preferem até utilizar termos como “aquela doença” ou “CA”, isso porque, a palavra designa a algo negativo”, explica.
A psicóloga expõe ainda que, para enfrentar os primeiros passos do tratamento é necessária uma redefinição dos sentimentos e aceitação. Destaca que no caso do câncer mama essa aceitação pode ser mais difícil, por ser uma parte simbólica e importante no corpo da mulher por estar associado à maternidade, vaidade e autoestima. “O esclarecimento é fundamental para o tratamento. A mulher afetada pelo câncer de mama precisa saber de todas as mudanças que ocorrerão em seu corpo, das consequências e vantagens para obtenção de sucesso no tratamento. Conhecer todo o processo como a possível retirada do seio ou parte dele, auxilia nesse esclarecimento”, afirma Danielle Azevedo.
Apoio para o tratamento – Enfrentar o câncer de mama requer muito mais do que conscientização do processo no qual a pessoa vai passar, mas também o apoio que pode vir de familiares e amigos. “Apoio familiar e de amigos é fundamental nesse momento. Se a paciente é casada, o marido e os filhos devem acompanhar juntos o diagnóstico e o tratamento. Todo esse suporte familiar é estruturante em qualquer tipo de adoecimento psíquico e físico”, reforça a especialista.
A psicóloga Danielle Azevedo explicou que, por vezes, o apoio no tratamento vem até de onde não se espera: os animais de estimação. “A contribuição do animal de estimação no tratamento vai depender da idade do indivíduo, da importância de substituir o espaço aberto com a solidão causada por vários fatores, como a saída dos filhos, por exemplo. Todo indivíduo necessita de uma companhia e o animal, em algumas situações, pode beneficiar muito. Essa companhia pode garantir melhoria de humor, paciência, tolerância e todas as questões de cuidado que envolvem um ao outro”, esclarece.
Danielle falou também que, o profissional especializado pode ajudar nesse processo de tratamento do câncer de mama. “A psicoterapia influencia no entendimento desse indivíduo com ele mesmo, na aceitação de cada fase que vai ser enfrentada, mas acima de tudo, do nosso reconhecimento ético de saber até onde a gente pode ir, pois existem casos em que percebemos que a paciente está pronta para viver cada etapa do adoecimento e tratamento. Viver isso pode significar algo muito positivo, mesmo não precisando de um suporte psicológico”, finaliza.
Casos de Câncer – A Paraíba deve registrar 9.430 novos casos de câncer no ano de 2018, segundo estimativas divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Dados do relatório Incidência de Câncer no Brasil, apontam uma estimativa de 59.700 novas ocorrências de câncer de mama para este ano de 2018 em todo o país. Na Paraíba, estima-se que 880 casos sejam registrados, sendo 240 apenas em João Pessoa.
Fonte: Múltipla Comunicação
Créditos: Assessoria de Imprensa