O governador João Azevêdo (Cidadania) anunciou, nesta segunda-feira (04), novas medidas contra a Covid-19 na Paraíba. Ele reafirmou a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos e a fiscalização mais rigorosa do isolamento social. Também será regulamentado o atendimento nas agências da Caixa Econômica Federal para os beneficiários do auxílio emergencial.
Azevêdo falou sobre a necessidade de prorrogar o isolamento social até o dia 18 de maio como meio de frear a prorrogação do novo coronavírus. Segundo ele, a decisão foi baseada em relatórios que demonstram o avanço do contágio em razão da falta do isolamento social no estado. “As medidas serão mais duras e se houver baixa nesse isolamento social, haverá endurecimento cada vez mais”, disse. “Esses proximos 15 dias, serão, talvez, os mais difíceis para o Estado da Paraíba”, acrescentou o governador.
O governador informou que compreende a necessidade de flexibilizar alguns segmentos da economia, mas lembrou que o relaxamento só pode ocorrer com leitos suficientes disponíveis nos hospitais e quando o número de casos confirmados começarem a diminuir. “Não temos um sistema de saúde com vagas suficientes para absorver um pico muito grande e não temos um número de testagem muito grande. Não só a Paraíba, mas o Brasil inteiro não tem essas condições. Temos que ficar atentos para que esses números não subam”, disse.
João Azevêdo reforçou a necessidade de utilização das máscaras e justificou a decisão do Estado em obrigar o uso do acessório em espaços públicos. Segundo ele, o item diminui as chances de contágio do novo coronavírus. O estado fará inicialmente uma campanha educativa, mas depois poderá punir quem descumprir a regra. “É um dos pontos do decreto que torna obrigatória essa utilização”, disse.
Filas nas agências da Caixa
Azevêdo também informou que vai adotar medidas para evitar aglomerações nas agências da Caixa Econômica Federal. “Vamos isolar vias, vamos fazer marcação no chão, vamos colocar tendas, vamos distribuir máscaras. O estado autorizou a confecção de 3 milhões de máscaras. E essa operação vai unir Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, as próprias agências e a Prefeitura de João Pessoa”, disse
Lockdown
Segundo João Azevêdo, o Estado ainda não decidiu sobre o fechamento total da região metropolitana, mas não descartou que essa hipótese venha a ser adotada no futuro. “É uma carta que está posta na mesa, e se houver necessidade, nós vamos implantar. Não há necessidade ainda de implantar. Eu espero que as pessoas entendam nesse momento a necessidade de isolamento. É necessário que as pessoas entendam esse momento em que estamos passando”, informou.
Igrejas
João Azevêdo também pediu paciência ao segmento religioso do estado e disse que após o dia 18 de maio a reabertura dos cultos e missas poderá ser discutida, mas que no momento não é possível atender a solicitação dos líderes religiosos. “Sei muito bem que nesse momento é impossível que a gente possa liberar”, disse.
O futuro
Questionado sobre quando haverá o fim do isolamento social, o governador João Azevêdo voltou a reforçar que é preciso cautela, e afirmou que mesmo após o fim do isolamento social, nada será como antes do novo coronavírus. “Nunca mais teremos o normal de antes, teremos um novo “normal”, disse João.
Veja vídeo:
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba