Um levantamento realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que 77,6 mil pessoas acima de 40 anos têm glaucoma na Paraíba. A médica oftalmologista do Hapvida em João Pessoa, Elainy de Carvalho Monteiro, alerta neste domingo (26), data que marca o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma que a doença é a segunda maior causa de cegueira no mundo, mas através de exames oftalmológicos e diagnóstico precoce pode ser perfeitamente controlado e tratada.
Segundo projeções da organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma afetará 80 milhões de pessoas em 2020 e 111,5 milhões em 2040. Obesidade e fumo são fatores que contribuem para ocorrência da doença. “É preciso estar em alerta porque tanto a obesidade quanto o fumo corroboram para rigidez e obstrução dos vasos sanguíneos de um modo geral, com isso, a circulação sanguínea torna-se deficiente aumentando, assim, a pressão intraocular”, explica Elainy de Carvalho.
A oftalmologista esclarece que o glaucoma é uma doença ocular caracterizada pela hipertensão que danifica as fibras do nervo óptico de forma irreversível, gerando como consequência a perda do campo visual. Podendo acometer pessoas de qualquer idade. Porém, há maior prevalência quando existe histórico familiar, pessoas acima de 40 anos de idade e afrodescendentes.
Independentemente de qual seja a causa do glaucoma é importante que o diagnóstico ocorra de forma precoce. A médica elenca alguns exames que colaboram para identificação da patologia. “O diagnóstico é dado pelo oftalmologista após a realização de alguns exames como tonometria, curva de pressão ocular, gonioscopia, paquimetria ultrassônica, campimetria, mapeamento de retina e retinografia”.
Após diagnosticada a doença pode ser tratada de forma clínica ou cirúrgica, dependendo do grau de avanço da doença que ocorre de três tipos: a primeira dela é o ângulo aberto, que ocorre de forma assintomática, muitos só percebem quando já inicia a diminuição da visão periférica; o segundo tipo é o ângulo fechado, em que o paciente pode apresentar dor, diminuição da visão e vômitos; e a terceira forma é o glaucoma congênito, em que se caracteriza pelos olhos vermelhos, aumento do tamanho de um olho ou de ambos, sensibilidade à luz e lacrimejamento.
Gestantes – Elainy de Carvalho Monteiro destaca que mulheres grávidas e que possuem glaucoma precisam de um tratamento que não atinja o desenvolvimento do bebê. “No caso das gestantes que são diagnosticadas com glaucoma é preciso acompanhamento pelo oftalmologista, que estará orientando o tratamento adequado de acordo com a necessidade. Pois, os medicamentos utilizados não podem prejudicar o desenvolvimento da criança”, afirma.
Fonte: Múltipla Comunicação
Créditos: Assessoria de Imprensa