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41% dos jovens revelam que a tecnologia gera tristeza e psicóloga alerta sobre casos de depressão

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que 41% dos jovens entrevistados revelaram que a tecnologia gera tristeza e ansiedade. Entre as meninas, a maior preocupação é com a privacidade, principalmente com o medo de expor fotos. Entre os meninos, 85% já relataram sofrer algum tipo de ameaça através de ambientes digitais, seja no WhatsApp ou nas redes sociais. Com base nos dados, a psicóloga do Hapvida em João Pessoa, Danielle Azevêdo, alerta para o excesso de horas em frente aos computadores e celulares. Ela disse que o isolamento pode levar a uma depressão.

“Quando a gente fala dessa dependência, dessa ansiedade que envolve algumas pessoas, a gente fala de excesso. Não tem como falar em excesso sem o relacionar a saúde mental. Se a gente bebe muito, temos problema; se faz muito exercício, teremos um problema. Então, nada em excesso é saudável. É importante que as pessoas tenham esse freio. A imposição de limites acaba sendo uma ferramenta pedagógica para prevenir esse adoecimento psíquico. A depressão e o transtorno obsessivo compulsivo são alguns exemplos que podemos pontuar em decorrência desses hábitos repetitivos e excessivos com relação às tecnologias”, destaca a psicóloga.

De acordo com Danielle Azevêdo, é preciso observar ainda que existe o fato da renúncia feita por pessoas que vivem essa dependência por tecnologia. “Uma pessoa que passa oito horas conectado, seja nas redes sociais ou nos jogos, escolhe fazer uma renúncia. Ela renuncia estar com a família, com amigos, escolhendo ficar nesse isolamento social, construindo um cenário individual. Esse momento até gera um pouco de satisfação, mas até que ponto essa satisfação está sendo genuína, tendo em vista que pode não estar se alimentando bem e perdendo a qualidade de uma rotina mais saudável com relação ao sono, alimentação, a estudo, a interações com outras pessoas”, observa.

Danielle Azevêdo disse ainda que é fundamental  se construir, na família, um ambiente afetivo familiar, de troca, de relação mútua, entre os pais e os filhos. “Essa relação é importante conversar para fazer valer a pena uma convivência que precisa ser verdadeira com a pessoa presente de corpo e mente. Sabemos que tudo ficou muito fácil nas nossas vidas por conta das tecnologias que estão hoje na palma das nossas mãos nos nossos aparelhos de celular, mas não podemos exagerar para que possamos evitar as doenças psíquicas”, afirma.

Fonte: Múltipla Comunicação
Créditos: Assessoria de Imprensa