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Simone Tebet diz que MDB do Nordeste é menor na convenção partidária

Em entrevista ao site “Congresso em Foco”, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que luta para ser indicada candidata do partido à presidência da República, rebateu críticas de opositores dentro da própria legenda, especialmente de representantes do Nordeste que estão prevendo a sua derrota em convenção. Tebet referiu-se ao posicionamento do senador Renan Calheiros (AL) e do ex-senador Eunício Oliveira (CE), que defendem apoio à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Com todo o respeito aos meus colegas, o MDB é muito maior que isso.

Em entrevista ao site “Congresso em Foco”, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que luta para ser indicada candidata do partido à presidência da República, rebateu críticas de opositores dentro da própria legenda, especialmente de representantes do Nordeste que estão prevendo a sua derrota em convenção. Tebet referiu-se ao posicionamento do senador Renan Calheiros (AL) e do ex-senador Eunício Oliveira (CE), que defendem apoio à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Com todo o respeito aos meus colegas, o MDB é muito maior que isso. Hoje, o MDB do Nordeste, infelizmente, ficou muito pequenininho. O MDB do Nordeste é menor na proporção de uma convenção de todos os delegados que todo o restante. Quase 75% dos delegados de todos os partidos são do Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Então, o Nordeste perdeu”, declarou a senadora.

De acordo com Simone, o MDB no Nordeste fez um governador e sete dos 37 deputados federais. “O que ainda segura o MDB no Nordeste são alguns senadores”, frisou. Além de Renan Calheiros, o senador paraibano Veneziano Vital do Rêgo, pré-candidato ao governo do Estado, é contra a candidatura própria ao Planalto e defende o apoio a Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno. Ao comentar os desafios da eleição presidencial, Tebet alertou para a influência do tempo de rádio, tempo de TV e das redes sociais na disputa. “As redes sociais hoje diminuíram o tamanho dos palanques, a importância do palanque para a majoritária nacional. Para presidente da República vai valer mais para esta juventude e para nós que temos um celular na mão. Vamos estar mais atentos aos movimentos dos candidatos pelo celular do que pelo palanque tradicional”, acrescentou.

A senadora disse que encarou com naturalidade o jantar de expoentes do MDB com o ex-presidente Lula em Brasília, lembrando que há alianças regionais importantes que não podem ser desprezadas e nunca foram desprezadas por nenhum partido. “As alianças regionais no Nordeste estão muito mais próximas de Lula para todos os partidos do que para Bolsonaro, porque aquela é a única região onde Lula ainda pontua na frente nas pesquisas. Então, isso serve para o MDB em alguns Estados, não em todos, e isso serve para outros postulantes. Da mesma forma que Lula se prejudica em palanques do Sul, do Centro-Oeste e do Norte, onde ele tem dificuldade de ter apoio”. Simone Tebet afirmou que sua candidatura foi buscada. “Eu fui procurada, não me ofereci; ao contrário, demorei para assimilar a importância de uma candidatura própria do MDB neste momento – ela veio não só da base, do MDB Jovem, Afro, do MDB Mulher, como veio de um pedido dos próprios parlamentares, uma parte deles, e de diretórios regionais dizendo “nós precisamos de um palanque neutro, nós precisamos de um palanque leve, um palanque em que a gente não traga a rejeição de nenhum dos lados”.

Tebet disse que já foi candidata em palanque regional, já foi candidata ao Senado e a vice-governadora. “Então eu sei como funciona. Nesse aspecto eu não digo que o jogo é empate, mas que há uma certa neutralidade no sentido de que esta é uma eleição curta e diferente. É uma eleição onde despontam os rejeitados. Nós temos dois candidatos que pontuam bem (Lula e Bolsonaro) mas chegaram em um teto que têm uma rejeição muito grande”, frisou. A pré-candidata pelo MDB informou que tem percorrido o país, e que em menos de dez dias esteve do Paraná, no Sul, ao Pará, no Norte. Salientou que há um sentimento de que as pessoas, especialmente a classe média, está esperando alguma coisa. “O eleitor precisa ter opção. Se a classe política não dá opção, apenas dois nomes basicamente, que democracia é essa onde eu sou obrigada a votar no menos pior?”.

Fonte: Os Guedes
Créditos: Polêmica Paraíba