Sikêra Júnior é um machista, um preconceituoso, um homofóbico, um cara violento e raso, prejudicial à sociedade, mais prejudicial do que aqueles que ele condena previamente, que se aproveita do fim da obrigatoriedade do diploma e da permissividade das empresas jornalísticas para reproduzir o que tem de mais absurdo e vergonhoso em nossa sociedade.
Claro, ele só tem o emprego que tem, com o salário que tem, com a repercussão que tem, porque existe um público igualmente preconceituoso e sedento por sangue que o acompanha e o idolatra.
Mas, ao dar voz a uma figura desprezível como Sikêra, as empresas jornalísticas abandonam de forma definitiva, triste e lamentável o papel social que historicamente marcou o jornalismo paraibano para se entregar a um discurso que beira o fascismo. Típico de outros coleguinhas de seu naipe.
Eu estou cada vez mais longe do jornalismo por causa de figuras danosas como essa. Por causa de rumos como esse.
E tenho cada vez menos argumentos ao tentar defender o pouco de dignidade que nos resta como categoria por causa de discursos criminosos como o que ele proferiu hoje.
O pior, é que o alvo dele foi uma jornalista. Essa sim, formada, militante, ativista cultural.
Como bem lembrou um amigo meu, cadê a porra do Sindicato e da API que não se posicionam firmemente contra esse absurdo?
Que tristeza. Que decepção. Que vergonha.
Por Phelipe Caldas
Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes