A vereadora Sandra Marrocos oficializa, hoje, seu retorno aos quadros do Partido dos Trabalhadores em João Pessoa, depois de cerca de 17 anos afastada da legenda, onde começou a sua trajetória política. Sandra, conhecida pela combatividade no plenário da Câmara Municipal da Capital, desfiliou-se do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que enfrenta uma crise provocada pelo envolvimento do seu principal líder, o ex-governador Ricardo Coutinho, na Operação Calvário. Marrocos chegou a prestar solidariedade a Ricardo e, quanto à volta ao PT, agradeceu a acolhida manifestada por lideranças de expressão da legenda.
Além de Sandra, outros 19 vereadores por João Pessoa estão de malas prontas para migrar de partido, aproveitando a abertura, ontem, da chamada “janela partidária”, que possibilita a mudança sem risco de sanções por infidelidade. O líder da bancada do prefeito Luciano Cartaxo (PV) na Casa, Milanez Neto, deixará o PTB para filiar-se, provavelmente, ao Avante. O presidente da Câmara, João Corujinha, que estava na presidência estadual do DC, procura outra legenda, juntamente com “Carlão”, também egresso do DC. Outras baixas previstas no PSB são as dos vereadores Léo Bezerra, Tibério Limeira (licenciado) e Zezinho do Botafogo, que devem ingressar no “Cidadania”, presidido em João Pessoa pelo vereador Bruno Farias e que tem como líder maior o governador João Azevêdo.
Vereadores que ocupam secretarias na administração municipal pessoense cogitam mudar de legenda – casos de Helton Renê (PCdoB), que dirige o Procon, Durval Ferreira (PL), secretário de Ciência e Tecnologia, figurando ainda nas especulações Damásio Franca Neto (PP), Dinho (PMN), João Almeida (SD), Marcos Vinícius (PSDB), Raíssa Lacerda (PSD) e Thiago Lucena, do PMN. No rol dos vereadores “inabaláveis”, que juram ficar onde estão, destacam-se: Bispo José Luiz (PRTB), Chico do Sindicato (Avante), Eliza Virgínia (PP), Luiz Flávio (PSDB), Helena Holanda (PP), Humberto Pontes (Avante), Lucas de Brito (PV). O prazo para troca de legenda se encerra no dia três de abril, seis meses antes da realização do primeiro turno do pleito municipal marcado para o dia quatro de outubro.
A desfiliação partidária foi regulamentada pela reforma eleitoral de 2015 que garantiu aos detentores de mandato eletivo em cargo proporcional a perspectiva de migrar nos 30 dias anteriores ao último prazo para filiação. Resolução do Tribunal Superior Eleitoral fixa ainda o dia 04 de abril como data-limite para que os candidatos estejam com a filiação aprovada pelo partido e tenham domicílio eleitoral na circunscrição em que desejam concorrer ao pleito. Em Campina Grande e em inúmeras cidades do interior paraibano também está prevista para hoje uma verdadeira “revoada” de vereadores, prefeitos e líderes políticos, para outras agremiações.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes