Região Metropolitana

Prefeito decreta “emergência” em Santa Rita

Uma das maiores cidades da Paraíba, Santa Rita tem graves desafios administrativos e enfrentou sucessivos impasses no comando da prefeitura, com ingerência de vereadores.

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O prefeito empossado de Santa Rita, Emerson Panta, do PSDB, confirmou como uma das primeiras medidas de sua gestão a decretação de situação de emergência no município, diante do quadro de calamidade que, conforme ele, foi herdado das gestões anteriores. Uma das maiores cidades da Paraíba, Santa Rita tem graves desafios administrativos e enfrentou sucessivos impasses no comando da prefeitura, com ingerência de vereadores. O novo prefeito firmou uma parceria com o prefeito reeleito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD) para que a Emlur, da Capital, execute serviços de limpeza pública na cidade nos primeiros dias, enquanto o gestor toma conhecimento da realidade e se prepara para contornar os obstáculos.

Em Santa Rita, os vereadores escolhidos para compor a nova legislatura optaram por vetar o acesso da imprensa na cerimônia de posse na Câmara Municipal. Diferentemente dessa atitude, o prefeito Emerson Panta não só falou com jornalistas como discursou para o público, até no meio da rua, pedindo apoio e prometendo empenho máximo com vistas à solução dos graves problemas que tem pela frente. Os prefeitos das 10 maiores cidades da Paraíba, entre eleitos e reeleitos, passam a comandar um orçamento de R$ 4.935.7000,00, mas estão conscientes das dificuldades financeiras e da necessidade de administrar com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, observando, mesmo com as quedas nos repasses federais, a manutenção de programas de transferência de renda, o aumento do salário mínimo e o piso nacional do magistério.

A tônica da “eficiência” é comum aos gestores de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Bayeux, Cabedelo, Patos, Sousa, Cajazeiras, Sapé e Guarabira. Prefeitos que derrotaram antecessores como José Aldemir Meireles (PP) em Cajazeiras, vitorioso ante Denise Albuquerque, do PSB, e Fábio Tyrone, do PSB, em Sousa, que derrotou André Gadelha, do PMDB, já deixaram claro que recorrerão permanentemente ao Tribunal de Contas do Estado para auxiliá-los na correção de irregularidades e na adoção das primeiras medidas consideradas imperiosas para que reine um clima mínimo de normalidade. Em Campina Grande, o prefeito Romero Rodrigues, do PSDB, mesmo tendo tido sua gestão bem avaliada, tanto assim que foi reeleito, iniciou a nova gestão pregando cautela. Ele ressalta que promoveu cortes e medidas de enxugamento da máquina pública já no início do ano passado, prevendo dias difíceis. Passou pela crise sem ter que atrasar salários ou interromper a realização de obras. “Mas a receita é manter o equilíbrio, acompanhando a conjuntura”, ressaltou Romero Rodrigues.

Nos primeiros três meses, o prefeito de Campina Grande se limitará a fazer as nomeações estritamente necessárias, como parte de um pacote de medidas de austeridade, além de determinar um enxugamento ainda maior em todas as despesas da prefeitura e um redesenho da estrutura vigente. Em João Pessoa, Luciano Cartaxo, do PSD, se mostra confiante e garante mais trabalho e realização de obras por toda a Capital. Salientou que é necessário permanecer atento aos rumos que o País tomará, “mas também tenho muito claro que não podemos abrir mão dos investimentos em favor da população”. Cartaxo foi empossado com um novo vice-prefeito, o ex-deputado federal Manoel Júnior, do PMDB, que compôs a chapa da reeleição, substituindo ao jornalista Nonato Bandeira (PPS). Este será aproveitado num cargo na administração estadual, selando a sua reaproximação com o governador Ricardo Coutinho (PSB), de quem foi auxiliar na gestão anterior e em gestões na prefeitura da Capital.

Fonte: Os Guedes
Créditos: Nonato Guedes