“A candidatura de Anísio é pra valer aí em João Pessoa”, disse, ontem, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann, em entrevista a uma emissora de rádio da Capital. A pré-candidatura do deputado estadual Anísio Maia foi decidida em encontro municipal promovido pelo diretório do PT dirigido por Giucélia Figueiredo, que articula, juntamente com o postulante e outras lideranças, a estratégia de campanha. Gleisi revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está disposto a participar das atividades de campanha dos candidatos a prefeito pelo PT, inclusive a de Anísio Maia em João Pessoa.
A cúpula nacional está avaliando o “modus operandi” do engajamento do ex-presidente na campanha, que pode se dar, também, de forma virtual, dependendo da situação causada pela disseminação do novo coronavírus que tem provocado medidas de restrição quanto a aglomerações ou eventos de campanha eleitoral. O Partido dos Trabalhadores optou por lançar 22 candidatos próprios a prefeitos em capitais mas participa do pleito nos 26 Estados integrando coligações e apoiando nomes afinados com a legenda. Em relação a Anísio Maia, Gleisi foi enfática ao ressaltar que sua candidatura é a única estratégia da legenda para as eleições municipais em João Pessoa. E revelou: “Estamos muito animados para a campanha”.
Hoffmann descartou, pelo menos num primeiro turno, ceder a cabeça de chapa a outras agremiações do chamado campo progressista ou democrático que faz oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro. “É óbvio que, num segundo turno, indo Anísio Maia para a disputa, nós vamos querer conversar com essas forças do campo progressista, como PSB, PCdoB e PSOL”, acrescentou a dirigente nacional petista. Ela externou sentimentos de gratidão e reconhecimento ao ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), “por tudo o que ele fez e pelo que ele representa”, mas frisou que a candidatura ou não de Coutinho tornou-se incerta para as eleições deste ano, o que levou o PT a começar a construir sua própria tática eleitoral no Estado.
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Socialistas paraibanos ainda aguardam uma definição do Tribunal Superior Eleitoral sobre a inelegibilidade ou não de Ricardo Coutinho, diante do envolvimento do ex-governador em denúncias apuradas no âmbito da Operação Calvário, referentes ao desvio de verbas nas áreas da Educação e Saúde da administração estadual, bem como a recebimento de propinas pagas por organizações sociais que atuaram no controle de hospitais da rede pública oficial. Com as incertezas em torno da viabilidade da candidatura de Ricardo – que deixou o governo em dezembro de 2018 – o PSB paraibano passou a cogitar o lançamento da ex-secretária Amanda Rodrigues, atual esposa de Coutinho. Ela tem participado de “lives” em redes sociais, abordando problemas da Capital e alternativas de solução, mas a campanha dos “girassóis” sofre limitações até agora.
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Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes
