A presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, Maria das Graças Morais Guedes, destituiu o deputado estadual Janduhy Carneiro da presidência estadual da legenda “Podemos”, à frente da qual se encontrava desde 2014. Foi uma vitória da Executiva Nacional do “Podemos” na queda de braço travada com o parlamentar paraibano. A desembargadora-presidente do TRE julgou procedente um pedido ajuizado pela direção nacional e determinou a “inativação” da comissão provisória paraibana comandada por Janduhy.
Maria das Graças também autorizou que a instância nacional promova as alterações na comissão regional. Na decisão que deferiu o pedido da Nacional a desembargadora argumentou que apesar de a questão ter sido objeto de debate no âmbito da Justiça Comum, com deferimento de liminar em agravo no sentido de se manter a comissão provisória estadual do partido, não houve a observância dos princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa quando da primeira renovação. O deputado já não consta mais como dirigente estadual da legenda no site do TRE, mas deve recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral para tentar permanecer no comando da legenda.
Por outro lado, em entrevista ao Sistema Correio de Comunicação, o presidente nacional do PRTB e pré-candidato à presidência da República Levy Fidélix deu sinais claros de que seu partido, embora aliado, não deverá acompanhar a candidatura do secretário João Azevedo, do PSB, ao governo do nosso Estado. Fidélix foi enfático ao revelar que não tem obrigação de apoiar a postulação do titular da Pasta de Recursos Hídricos, nome “in pectoris” do governador Ricardo Coutinho para a sucessão. Ele deu a entender que o partido vai discutir a conjuntura com as bases no Estado, não havendo qualquer sinalização preliminar de tendências.
Na chapa proporcional, Levy Fidélix lembrou alguns nomes que devem integrar a disputa deste ano, como o vereador por João Pessoa Eduardo Carneiro, o deputado em exercício Arthur Cunha Lima Filho e Fábio Carneiro. Fidélix admitiu que há pendências em relação a Arthur Filho, diante das versões de que ele poderá deixar a agremiação nos próximos meses, abrindo espaço para figuras interessadas em se candidatar. O dirigente do PRTB avalia que a disputa eleitoral no país este ano deverá ser mais equilibrada, favorecendo candidatos da legenda, uma vez que outros postulantes estão envolvidos em processos por corrupção. “No passado, o jogo era desleal, havia grandes partidos com muito dinheiro. Mas as mudanças estão acontecendo”. Opinou, por fim, que o ex-presidente Lula estará fora da disputa presidencial, estando o PT na obrigação de procurar outros nomes que possam ter a competitividade mínima para encarar adversários de peso.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Lenilson Guedes