Depois que o Supremo Tribunal Federal condenou o primeiro de 200 parlamentares envolvidos na Operação Lava-Jato, a fila se mexeu e a próxima a ser julgada será a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná, casada com o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que foi envolvido em inquérito sobre negociatas com recursos oriundos de fundos de pensão. Gleisi já é investigada em outros três casos, todos por corrupção, e é candidata a deputada federal em outubro. Ela ressalta que as acusações contra ela e o seu partido são fruto de perseguição política.
Não é o que pensa o ministro Celso de Mello. Segundo ele, todo o espectro partidário que existe no sistema político brasileiro está sendo visado e processado. “É irrelevante a coloração ideológica dos réus. Nós não estamos incriminando a atividade política; o que estamos fazendo é punir atores políticos que se converteram em criminosos contumazes”. Na terça-feira, 29, o Supremo condenou o deputado Nelson Meurer, do PP, a treze anos e nove meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele recebeu 29 milhões de reais em propina. Quatro anos depois do início da Lava-Jato, o deputado foi o primeiro político detentor de foro privilegiado a ser julgado pela Corte. Neste mês de junho, será a vez do julgamento de Gleisi Hoffmann. Leia mais.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes