Uma das razões pelas quais o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) se motivou a concorrer às eleições deste ano a prefeito de João Pessoa foi a perspectiva de viabilizar em torno do seu nome uma “Frente de Esquerda”, que atraísse o Partido dos Trabalhadores e outras legendas situadas nesse arco ideológico. Afinal, as projeções sinalizavam que a despeito do caráter acentuadamente local do pleito, haveria um corte na lógica cartesiana dominante capaz de possibilitar a eclosão de um plebiscito do governo do presidente Jair Bolsonaro e, na sua esteira, da ideologia de direita que o capitão procura encarnar com um ardor poucas vezes notado na crônica de presidentes da República no Brasil. Infelizmente, a ideia de “Frente” não prosperou, ficando confinada ao papel. Não houve avanço, sequer, em grandes centros, que são tidos como referências nacionais, em entendimentos nessa direção.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes