O deputado federal Efraim Filho, do União Brasil, pré-candidato ao Senado na chapa de Pedro Cunha Lima (PSDB) ao governo, enfrenta confiante os novos desafios da corrida eleitoral traduzidos pelas investidas que passaram a ser intensificadas em seus redutos como a deputada estadual Pollyanna Dutra (PSB), apoiada pelo governador João Azevêdo, e por Bruno Roberto (PL), que compõe a chapa encabeçada por Nilvan Ferreira, candidato do presidente Jair Bolsonaro no Estado. O parlamentar lembra que não esmoreceu nem se intimidou quando o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do PP, emulou por um bom tempo com ele dentro da base do governador João Azevêdo. Pelo contrário, quando sentiu o cerco apertar, Efraim migrou para o bloco de oposição, aliando-se ao candidato Pedro Cunha Lima.
A alegada candidatura do deputado Aguinaldo Ribeiro a senador acabou se constituindo em blefe, no momento em que o parlamentar desistiu do projeto, preferindo disputar a reeleição à Câmara Federal, enquanto seu grupo decidiu apostar fichas na vaga de vice-governador, assegurada para Lucas Ribeiro, vencendo queda-de-braço com o Republicanos, que disponibilizou, entre outros nomes, o do deputado Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa. A pretensão de Efraim está posta há pouco mais de um ano e não faltaram críticas a ele sobre suposto açodamento quando avançou para atrair apoios políticos de lideranças municipais, estaduais e federais. Fazendo um retrospecto da situação, hoje, Efraim avalia que seguiu uma estratégia correta nos passos empreendidos para se firmar como pré-candidato ao Senado, adotando a tática cabível diante das condições de temperatura e pressão em que se lançou. Pode ter cometido um ou outro erro de cálculo, mas, no geral, não considera que tenha falhado em excesso.
A leitura atenta e desapaixonada que faz o deputado do União Brasil é a de que precisava se antecipar na corrida por não dispor de meios excepcionais de sustentação do seu projeto, ou seja, sem riscos. O apoio do esquema oficial, por exemplo, lhe foi acenado em meio a ponderações apenas quanto ao “timing” para confirmação por parte do governador João Azevêdo. A equação não deu certo porque o chefe do Executivo demorou demais a sinalizar preferência ou posição no jogo da formação da sua chapa. Em outra frente, surgiu como obstáculo a exigência que foi feita por Azevêdo para a unidade de voto no nome do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Efraim não aceitou sujeitar as suas convicções à vontade de ninguém, deixando claro que prezava a sua coerência e que sua trajetória sempre foi do conhecimento público na Paraíba, calcada na “entrega de resultados”, estilo com que tem pautado sua biografia.
Além do mais, não interessava ao deputado Efraim Filho entrar em bola dividida com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), tendo como pretexto eventual apoio à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até porque, declaradamente, não tinha afinidades com esse projeto, possuindo, mesmo, incompatibilidades irremovíveis com segmentos de esquerda na Paraíba. Uma atitude postiça, para atender a conveniências de ocasião, mudaria radicalmente o perfil com que Efraim tem se apresentado à opinião pública paraibana, descaracterizando a sua personalidade, e ele nunca cogitou, nem remotamente, tal possibilidade. Esse conjunto de fatores foi tornando imperiosa para o deputado a tomada de atitude mais firme no contexto da conjuntura política da Paraíba – e o fato é que Efraim preferiu não encarar uma metamorfose que, no íntimo, não lhe agradava. Quanto a recuar da postulação ao Senado, jamais considerou a hipótese, diante dos compromissos assumidos com líderes políticos e da aspiração a que se obstinou de representar o Estado no Senado.
O deputado do União Brasil ressalta que sua campanha como pré-candidato ao Senado mantém-se em ritmo infatigável e dentro de avaliações realistas, sem triunfalismo nem arrogância em relação aos virtuais concorrentes, mas também sem desfalecimento de luta. Aguarda, com expectativa, a deflagração do Guia Eleitoral pela oportunidade que terá de expor suas ideias para o mandato de senador, pontuar feitos da sua atuação como parlamentar federal e dialogar sobre propostas em favor do desenvolvimento da Paraíba. No paralelo, estará ativo diante da movimentação política de bastidores, pelo campo minado que envolve a disputa legislativa majoritária no Estado – e também porque tem compromissos a honrar com aliados que apostaram na sua capacidade de construir um projeto inovador no cenário político estadual. Não deixará de monitorar as alianças e os apoios e repete que não teme enfrentar qualquer adversário. “O projeto de defender a Paraíba e representá-la bem no Senado da República segue firme e inabalável, como compromisso de honra que firmei com a população, solidário com suas carências, com suas reivindicações mais urgentes”, finaliza Efraim Filho.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba