Cássio diz que mandato de Ruy no PSDB também será prorrogado

Em entrevista ao programa “Revista Estadual”, na rádio RPN, o senador licenciado Cássio Cunha Lima (PSDB) previu que o mandato do atual presidente estadual do partido, ex-deputado federal Ruy Carneiro, deverá ser prorrogado por mais um ano, seguindo a tendência verificada no plano nacional quando ficou deliberada a prorrogação do mandato de Aécio Neves (MG) na direção. Para Cássio, a prorrogação de mandatos dos dirigentes tucanos não constitui fato inédito na legenda, tendo acontecido com o falecido senador Sérgio Guerra, com José Aníbal e Tasso Jereissati.

A medida, de acordo com o parlamentar, objetiva criar condições objetivas para manter a unidade da legenda tucana. Entende que não seria interessante uma disputa pelo controle do partido numa conjuntura em que há temas nacionais de importância e abrangência, relativos à governabilidade da atual gestão do peemedebista Michel Temer, bem como à apreciação pelo Congresso Nacional de projetos e propostas de reformas envolvendo temas polêmicos de interesse da população. Ao mesmo tempo, como advertiu Cássio, o PSDB deverá aprofundar a sua coesão para discutir os cenários da eleição presidencial de 2018, em que a legenda tucana deverá ter candidato próprio. “Esta discussão, repito, será efetuada na ocasião propícia ou oportuna”, salientou Cunha Lima.

Cássio admitiu que houve restrições de líderes políticos tucanos de São Paulo à prorrogação do mandato de Aécio Neves, mas observa que a divergência é contornável diante de pendências mais urgentes que desafiam as lideranças. O parlamentar analisou a conjuntura institucional brasileira, incluindo o choque de poderes (como Senado e Judiciário), prevenindo que deve haver maturidade, bem como equilíbrio ou sensatez, na resolução de problemas controversos. Ele mencionou como perigoso o clima de “intolerância política” que se manifesta de forma esporádica em redes sociais. Por não concordar em endossar esse tipo de comportamento, o senador paraibano evitou tecer comentários a respeito dos rumores de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem acumulando denúncias em operações de investigação como a Lava Jato e Zelotes. “Temos que respeitar a evidência de que as decisões são tomadas no âmbito judicial, e cabe a quem estiver sendo acionado apresentar suas próprias alegações em defesa própria”, expressou o parlamentar.