O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), declarou que não desistiu do empenho para obter um consenso na sua base de sustentação com vistas à eleição da futura Mesa Diretora da Câmara Municipal. Para ele, o confronto entre dois vereadores aliados – Durval Ferreira (PP) e Marcos Vinícius Nóbrega (PSDB) enfraquece o bloco governista e favorece automaticamente a oposição, que pode tentar emplacar uma alternativa com chances de êxito. Embora ressalte que respeita a autonomia da Câmara, Luciano deixa transparecer que opera nos bastidores para costurar um entendimento.
A eleição está prevista para o dia primeiro de janeiro e Luciano Cartaxo afirma que até a undécima hora agirá como “bombeiro” no processo. Analistas políticos consideram que, a dados de hoje, o vereador Marcos Vinícius, que está há várias legislaturas e possui bom trânsito em círculos diferentes, teoricamente estaria em vantagem, por ter assegurado apoio de maioria expressiva de legisladores mirins. A capacidade de articulação de Durval, porém, não é subestimada. O atual dirigente tenta conquistar pela sexta vez a direção do colegiado e já sinalizou que é a última investida nesse sentido.
Marcos Vinícius tem capitalizado adesões em face das promessas assumidas quanto à renovação no critério de escolha dos dirigentes da Casa de Napoleão Laureano. Ele não disputará, por exemplo, uma reeleição, caso seja vitorioso nessa batalha. Já tem compromisso firmado com o vereador João Corujinha, do PSDC. O fim da reeleição na Mesa Diretora da Câmara é saudado como salutar para a alternância de poder e como uma oportunidade de democratizar a participação dos demais vereadores no contexto das decisões referentes ao funcionamento do Legislativo. No que diz respeito a novidades para a segunda gestão que vai com,andar, o prefeito Luciano Cartaxo antecipa que não pretende fazer grandes alterações no secretariado.
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Desde que retornou à Assembleia Legislativa, após ser eleito em 2022, o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) sinalizou que seu foco prioritário seria João Pessoa, a Capital que ele administrou por dois mandatos e que aspira voltar a comandar, o que dá a entender que a passagem pela ALPB é um trampolim para não ficar sem mandato e sem tribuna, prolongando o jejum político que trilhou ao deixar a prefeitura. Embora tenha sido vice-governador do Estado, quando José Maranhão se investiu por convocação da Justiça Eleitoral em 2009, Cartaxo concentra sua atuação e sua atenção nos problemas da Capital e já vem dando sinais de que pretende liderar polarização com o atual prefeito Cícero Lucena (PP) que será candidato à reeleição em 2024 com o apoio do governador João Azevêdo, do PSB.
A sua avaliação é a de que já dispõe de uma equipe madura e detentora de experiência perante os desafios que estão colocados para os municípios brasileiros. Nesse caso, conforme o prefeito, as mudanças que ocorrerem serão feitas de maneira pontual, consultadas lideranças políticas qu integram o núcleo de sustentação. Cartaxo tem a expectativa de trabalhar em harmonia com o vice-prefeito eleito, deputado federal Manoel Júnior, do PMDB, observando que ele terá um papel fundamental na articulação em Brasília para a liberação de recursos federais destinados a obras e investimentos de vulto.
O alcaide mantém a expectativa de que João Pessoa seja contemplada com recursos oriundos da repatriação de ativos financeiros que estavam no exterior. De acordo com ele, seria uma espécie de compensação para os problemas enfrentados no repasse de recursos do Fundo de Participação dos Municípios e que passaram a ser equacionados nos últimos dias depois de uma intensa pressão de banadas parlamentares junto ao Palácio do Planalto. Apesar da conjuntura econômica instável, o prefeito é otimista quanto ao desempenho administrativo, falando em superação de adversidades que estão previstas.
Fonte: Os Guedes
