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Carnaval: Comitê do NE pede cancelamento de feriado e festas privadas

Diante do atual cenário global e nacional da pandemia da Covid-19, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomendou aos governadores estaduais e a gestores municipais o cancelamento do feriado de carnaval, bem como de festas privadas durante a data comemorativa, a fim de evitar aglomerações e o aumento da transmissão do novo coronavírus. Segundo nota do comitê, a manutenção do feriado e a realização de festas privadas podem estimular a população a ir às ruas e promover aglomerações, “o que poderá resultar no agravamento do quadro da pandemia e o consequente prolongamento da terceira onda no Brasil”.

A recomendação do cancelamento do carnaval foi feita desde o ano passado pelo Comitê Científico após a detecção dos primeiros casos da variante da Covid-19 ômicron no Brasil. O boletim de dezembro do ano passado pediu também o cancelamento das festas públicas de final de ano. No entanto, festas privadas foram realizadas como se a pandemia tivesse terminado, o que gerou o aumento da transmissão do vírus.  “Em 2021, as comemorações públicas de Réveillon e as festas de carnaval foram efetivamente canceladas pela maioria dos governantes, porém, foram realizadas celebrações de Réveillon privadas de forma generalizada, como se a pandemia tivesse terminado”, pontuou. Com isso, desde o início do ano, o país enfrenta uma alta de casos e mortes pela Covid-19.

Na última terça-feira, dia primeiro, o país voltou a registrar mais de 900 óbitos pela Covid-19. Diante desse aumento, a recomendação dessa vez é para que as festas privadas também sejam canceladas. “No momento, é impossível prever com segurança quando o novo pico será alcançado e qual será a duração da nova onda”, justifica a nota. E finaliza: “O Comitê Científico tem clareza sobre as dificuldades políticas e os prejuízos econômicos decorrentes desta medida. Porém, o mais importante no momento é salvar vidas”. O Comitê indica que depois do término da pandemia novos feriados extraordinários podem ser criados pelos governos.

Fonte: Os guedes
Créditos: Polêmica Paraíba