análise

Bolsonaro e Dutra: a obsessão pelo respeito à Constituição do país

O juramento antecipado que o capitão reformado e presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tem feito, na linha do respeito intransigente à Constituição, como tática para dissipar especulações e temores de que possa suprimir liberdades democráticas, traz à tona a obsessão do general Eurico Gaspar Dutra pela obediência à Carta Magna. Dutra foi o vitorioso nas eleições gerais de 1945, concorrendo pelo PSD, com o apoio do PTB, derrotando o brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN. Chamado de “Catedrático do Silêncio”, Dutra foi eleito na campanha presidencial mais democrática da história do Brasil, com o país ainda ressacado pela ditadura do Estado Novo implantada por Getúlio Vargas. O Partido Comunista chegou a participar do pleito, embora dois anos depois tenha sido posto na ilegalidade.

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Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes