Em entrevista concedida há pouco ao “Bom dia, Paraíba”, da TV Cabo Branco, o governador João Azevêdo (Cidadania) qualificou como precipitada e equivocada a decisão tomada pelo prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), de flexibilizar as medidas de isolamento social decretadas em decorrência da pandemia do coronavírus. O gestor campinense anunciou que já na próxima segunda-feira serão retomadas atividades comerciais e outras atividades mas assegurou que há todo um planejamento rigoroso, elaborado pela prefeitura, para oferecer segurança à população e evitar a disseminação do coronavírus. “Espero que, depois, o prefeito não tenha que vir a público pedir desculpas”, afirmou João Azevêdo hoje, admitindo que cogita prorrogar o decreto de calamidade pública com suspensão de atividades não essenciais.
O governador ponderou que neste momento a curva de evolução do novo coronavírus está ascendente e verticalizada e chamou a atenção para a existência de subnotificações de casos da doença em localidades da Paraíba, o que dificulta ainda a confirmação de números exatos de ocorrências associadas à covid-19. Salientou que a partir de hoje o quadro pode ser modificado com a possibilidade de realização de testes, dependendo dos contatos e investimentos que o governo da Paraíba fez, inclusive, junto ao governo da China, para a obtenção de testes rápidos. João Azevêdo informou, ainda, que está cogitando enviar decreto à apreciação da Assembleia Legislativa do Estado com vistas a tornar obrigatório o uso de máscaras faciais por pessoas que tiverem a necessidade de sair de casa para atender a necessidades urgentes.
João Azevêdo salientou que a orientação repassada pelas autoridades de Saúde Pública continua sendo a da quarentena domiciliar, a fim de evitar propagação da doença. Lamentou que estejam ocorrendo aglomerações em locais públicos mas disse que o governo está atento para atuar em eventualidades. Ontem, ele promoveu reunião com superintendentes de estabelecimentos bancários depois de ser informado de que estão ocorrendo aglomerações no entorno das agências bancárias e sugeriu que haja controle mais efetivo.
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Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes
