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Antes de ser defenestrada, Dilma atuou como atriz em documentário

Ali, no ambiente fechado, controlado com decoração avermelhada, aconteceria um comício cenográfico, artificial, no qual Dilma buscava com seus olhares as câmeras, não a plateia. 

Já estava próximo o desfecho da passagem de Dilma Rousseff pela presidência da República, em 2016, quando ela atuou para documentaristas e se concentrou na missão de representar o papel de vítima de um golpe. No Teatro dos Bancários, na Asa Sul de Brasília, militantes do PT e apoiadores de Dilma, então presidente afastada, aguardavam-no em um espaço apertado. A trilha remontava à campanha presidencial de 2014 com o jingle “Coração Valente” pela voz da pequena baiana Giovanna Lima, que gravou a melodia quando tinha sete anos. O tema foi tocado em looping ao lado do evento e interrompido apenas por poucos instantes. Dilma estava em cena – literalmente, não mais para se manter no Planalto mas como intérprete de uma narrativa que ela desejava que se tornasse viral após o impeachment, conforme registro da reportagem da revista Época.

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