A V I N G A N Ç A
Poucas vezes justiça e vingança se unem para fazer uma boa obra. Via de regra, a justiça corre atrás da vingança, mas não para afagá-la e sim para puní-la. São contrárias entre e si e rivais.
Mas, na Câmara Federal, onde deputados incompatíveis entre si se unem por conveniência quando for bom e útil a eles próprios ou quando seus interesses possam ser atendidos ou preservados , o medo, a traição e a vingança se uniram para ejetar Eduardo Cunha da vida pública. E, por vias transversas, fez-se a justiça.
O medo veio do cerco da opinião pública sobre o Congresso para cassar Dilma e Cunha; a traição veio da quebra de compromissos corporativos assumidos por debaixo dos panos e nos escuros das confabulações , mas negaceados diante dos holofotes do povo e da mídia.
E a vingança veio do PT, ex-aliado de Cunha nos governos de mil e uma noites de bacanais e banquetes regados à dinhiro público.
Nesses tempos, que pareciam não ter fim, dilmistas, lulistas, petistas e cunhistas se entendiam harmonicamente no essencial : como tomar conta dos cofres do Estado, aborrotados de ouro.
Mas, depois da queda de Dilma, cai Eduardo , para os petistas o arquiteto de seus tropeços, enquanto o PT cambaleia porque não tem mais a mãezona Dilma e nem o parceiro Cunha, dois braços fundamentais na manipulação do Poder em proveito de todos.
O povo brasileiro e a mídia livre do país sitiaram a Câmara e obrigaram-na a fazer justiça e a engolir seus próprios dejetos, mesmo que em meio a vingança de uns delinquentes sobre outros.
Abrem-se as portas da câmara de gás para uma matança coletiva.
Fonte: polemica
Créditos: gilvan freire