Minas Gerais elegeu um racista para governar o estado. Seu discurso defendendo uma frente Sul/Sudeste para atacar o Nordeste, merece ser repudiado por todos os brasileiros. Trata-se de uma intolerante manifestação separatista. O presidente do Consórcio Nordeste, governador da Paraíba João Azevedo, reagiu com veemência a essa insólita proposta do governante mineiro, divulgando em nota oficial, a posição de todos os governadores dos estados nordestinos contrários a essa narrativa de ódio e xenofobia regional.
Injustificável essa aversão do governador mineiro ao povo nordestino. Seu discurso preconceituoso constitui-se em crime previsto na Constituição Brasileira vigente, que estabelece a união indissolúvel dos estados e municípios como formadores da nossa Federação. Incorrendo, então, em afronta cristalina de cláusula pétrea. Enquanto no século XX foi derrubado um muro para unir os alemães, no século XXI a ignorância levanta muros para tentar dividir o Brasil.
O argumento apresentado de que as regiões Sul e Sudeste sustentam economicamente o Brasil carece de fundamentação realista. Essa postura político-ideológica é derivada do fascismo, prática que está sendo naturalizada pela extrema direita brasileira. Os separatistas não admitem a ideia da pluralidade.
O governador mineiro comete um ato de irracionalidade xenófoba. É necessário, então, que o façamos compreender que somos todos brasileiros, defensores da democracia contra o preconceito e a discriminação. O processo de formação econômico, cultural, étnica brasileiro carrega em si heterogeneidades e fundamentos que afloram esses movimentos separatistas do século XXI. O líder político de Minas Gerais quer assumir a liderança desse pensamento da ultra-direita brasileira.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba