opinião

Um ano sem Otinaldo Lourenço, o patrono do Prêmio AETC-JP 2008 - Por Mário Tourinho

Dias atrás reportamo-nos, aqui neste mesmo espaço, sobre o jornalista Martinho Moreira Franco, por quem houve a celebração da missa de um ano de falecimento no domingo, dia 6, na Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens – localizada bem ao lado da TV Tambaú. Desta feita referimo-nos e reverenciamos a um outro grande do jornalismo  paraibano, Otinaldo Lourenço de Arruda Mello, por quem neste novo domingo, dia 13, também houve a celebração de missa, esta na Igreja Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos (bairro do Bessa), assinalando um  ano de seu chamado  aos céus!

Dias atrás reportamo-nos, aqui neste mesmo espaço, sobre o jornalista Martinho Moreira Franco, por quem houve a celebração da missa de um ano de falecimento no domingo, dia 6, na Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens – localizada bem ao lado da TV Tambaú. Desta feita referimo-nos e reverenciamos a um outro grande do jornalismo  paraibano, Otinaldo Lourenço de Arruda Mello, por quem neste novo domingo, dia 13, também houve a celebração de missa, esta na Igreja Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos (bairro do Bessa), assinalando um  ano de seu chamado  aos céus!

Antes de relembrarmos o Otinaldo Lourenço como símbolo-mor do radialismo da Paraíba, somos impulsionados a reproduzir algumas das palavras que seu grande amor, companheira juntinha por 43 anos, a esposa Yone, escreveu e publicou em A União: – “A alegria de saber que você existiu me faz suportar a tristeza de sua ausência. Mas sei que está em um lugar melhor e repleto de luz e paz. Estaremos juntos algum dia!”.

Pessoalmente estivemos na Igreja Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos nessa celebração por Otinaldo Lourenço. E não poderíamos jamais faltar, vez que ele fora afirmativo e presente para conosco quando, em 2008, relativamente à 3ª edição do Prêmio AETC-JP de Jornalismo, convidamo-lo para ser o patrono, ou seja, o grande homenageado daquele evento. Esse convite fizemo-lo em nome dos empresários do setor de transporte coletivo urbano de João Pessoa que foram unânimes no reconhecimento a Otinaldo Lourenço como o símbolo-mor do  radialismo da Paraíba, mesmo que com igual desenvoltura profissional, isto nos anos e 80/90, ele tenha atuado como apresentador e comentarista na TV Cabo Branco/Bom Dia Paraíba, onde conduziu entrevistas memoráveis, a exemplos das com Lula  (em 1988, então deputado federal) e Antonio Mariz (1995, então governador do Estado),

Não se pode omitir seu competente profissionalismo como Advogado e também como Procurador em um dos órgãos do Governo do Estado. Mas, a marca que o tornou mais conhecido e reconhecido foi a de Radialista, Diretor Geral da antiga Rádio Arapuan, inicialmente instalada na rua Duque de Caxias e depois na avenida Almirante Barroso –  aqui em João Pessoa.

E foi na sede da rua Duque de Caxias que o conhecemos, de nossa parte nós ainda como estudante/dirigente do Grêmio Estudantil da então ETFPB (hoje IFPB), isto lá em meados dos anos 60, e com ele articulando, como autorizado foi, um programa todos os sábados, das 17h00 às 17h30, denominado “O Ensino Industrial em Revista”. Mesmo sendo tempo/início do Regime Militar e com o Grupamento de Engenharia “antenado” e gravando tudo quando saísse da “voz estudantil”, Otinaldo não demonstrou qualquer temeridade e, ao contrário, incentivou-nos fazer o programa sob o prisma que seu próprio nome apontava: “O Ensino Industrial em Revista”, com notícias e comentários no âmbito desse segmento educacional.

Também pertine aqui reproduzir o que  escreveu em, 2019, o jornalista paraibano Assis Tito (hoje radicado  em Belo Horizonte – MG), que se constituiu, nos anos 60, peça importante da então Rádio Arapuan: – “Otinaldo Lourenço é, sem dúvida, um dos mais competentes gestores de rádio que conheci. Sua habilidade era rara em misturar na programação o gosto mais elitizado, que ele aprendera ouvindo a Rádio Jornal  do Brasil e a BBB de Londres, e o sabor popular que os ´disc-jockeys´ faziam. E na política fugia da polarização direita-esquerda, assumindo-se um democrata defensor da monarquia, em especial a do estilo inglês”.

O nome Otinaldo advém dos nomes de sua mãe (Otília) e de seu pai (Arnaldo): a parte Oti, de Otília, e a parte naldo, de Arnaldo. Mas, um outro seu grande amigo e admirador, jornalista Sílvio Osias, tinha quatro modos de chama-lo, como o disse em texto de 14 de fevereiro do ano passado (Jornal da Paraíba) e no qual se expressou estar “muito triste perde-lo para a Covid”: Otinaldo Lourenço, O Galo, Olam, Oti.

Neste novo tempo, com Otinaldo completando um ano ao lado de Deus, seus muitos amigos (de e para sempre) solidarizamo-nos à família, particularmente à eterna esposa Yone e ao irmão José Octávio de Arruda Mello, reiterando o quanto  ele, Otinaldo, continua importante para o jornalismo e, mais ainda, especificamente, para o radiofonia, segmento que ele teve e continua tendo tanta importância que Deus o levou para os céus exatamente em um 13 de fevereiro – Dia Mundial do  Rádio!

Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba