VIDENTECEGO – A terceirização está ficando baldeada, depois que a Câmara Federal, em meio ao desalento geral da sociedade, aplicou-a como golpe aos trabalhadores brasileiros, aproveitando-se do sumiço moral e da falência ética do PT, o antigo bom guardião das conquista sociais e hoje mal vigia dos cofres públicos. Desde a morte de Getúlio até o suicídio do PT não tinha havido tão voraz ataque aos direitos e às organizações trabalhistas e tão escancarada tentativa de escravização do trabalhador e uso desavergonhado da máquina pública pela manipulação política.
VIDENTECEGO – Ricardo Coutinho está exigindo que Eduardo Cunha peça desculpas à Paraíba porque criticou o governo do Estado de ter se omitido em garantir segurança a ele como presidente da Câmara Federal, em sua visita à Assembléia. RC diz agora que a crítica de Cunha foi ofensiva aos paraibanos, e não ele governador. O soberano, como um rei da Inglaterra séculos antanhos, está mal acostumado a achar que o Estado é ele. Cunha, que não aceitaria ser vassalo na Paraíba, só faz ri. E nós , podemos também ?
VIDENTECEGO – Cartaxo, que não consegue resolver as greves que alastram entre os servidores, nem pagar os compromissos com construtores e fornecedores em atraso desde meados do ano passado, foi visto dentro do túnel da Lagoa, para demonstrar por onde saíram as 220 mil improváveis toneladas de terras retiradas daqueles misteriosos labirintos subterrâneos . Só nunca se lembra de dizer que aqueles túneis existem desde que o projeto original foi executado para drenar as águas do lago artificial, tendo mudado apenas o revestimento. A verdade sobre essa reforma continua encoberta por uma camada de lama.
VIDENTECEGO – Ninguém sabe o que está havendo entre RC e seus muitos aliados na Assembleia, que se calaram neste episódio envolvendo Eduardo Cunha e o governador chamado Rei Sol, o monarca antigo que se julgava ser a encarnação do próprio Estado, não menos dono de toda a Paraíba e, por extensão, de todos os paraibanos, menos dos que não têm vocação para ser súditos. Apenas Estela e Anisio Maia, cada um por razões óbvias, ficaram do lado do homem que quer ajoelhar Cunha, façanha que nem Dilma, a imperiosa, consegue realizar.
VIDENTECEGO – Dilma escolhe novo ministro do Supremo e se prepara para vencer a guerra do Impeachment no tapetão. Na Câmara e no Senado os controles são caros. No STF depende mais de os ministros terem sido escolhidos por quem vai precisar deles depois. São, alguns, ministros de conveniências políticas, e não sumos magistrados do Estado e expoentes do saber jurídico do país. Maus tempos. Estamos ferrados.