Opinião

Tempo de (re) conciliação - Por Abelardo Jurema Filho

Desde que deixei de ser criança sempre olhei o Natal como o nascimento de Jesus e jamais pelo prisma do Papai Noel, que chega com os seus presentes num trenó encantado. Católico praticante, que frequenta regularmente a missa dominical da Igreja Nossa Senhora Auxilio dos Cristãos e a Paróquia de Santa Júlia, me comovo com o significado desta data que me remete a uma profunda reflexão sobre os meus valores, a minha vida e os caminhos que escolhi.

Desde que deixei de ser criança sempre olhei o Natal como o nascimento de Jesus e jamais pelo prisma do Papai Noel, que chega com os seus presentes num trenó encantado. Católico praticante, que frequenta regularmente a missa dominical da Igreja Nossa Senhora Auxilio dos Cristãos e a Paróquia de Santa Júlia, me comovo com o significado desta data que me remete a uma profunda reflexão sobre os meus valores, a minha vida e os caminhos que escolhi.

Conciliação e reconciliação. São as palavras que me movem nesse momento singular da vida cristã. Fico com vontade de rever velhos amigos, de me reaproximar deles, de perdoar as ofensas, de demonstrar afeto e carinho para todas as pessoas que me querem bem, que acompanham o meu trabalho e dividem comigo as minhas angustias e conquistas. De abraçar os amigos e possíveis desafetos; de beijar-lhes a face, de manifestar minha alegria e dividir com eles a realização dos meus projetos e realizações.

Se me comovo com facilidade, fico ainda mais emotivo e tudo toca mais forte o meu coração. Nas confraternizações com os colegas de trabalho, com familiares ou mesmo em grupos formados a partir das redes sociais, me invade um forte sentimento de alegria e entusiasmo. Fico com vontade de cantar, de gritar, de proclamar toda a felicidade que me bate ao peito; e agradecer a emoção de estar ali ao lado dos meus companheiros de caminhada que dividem seus espaços comigo.

Gosto de pegar o celular e revirar a minha agenda para enviar mensagens e falar com amizades preciosas que o tempo não apaga. Embargo a voz para lhes reafirmar os meus sentimentos, o meu carinho e a minha afeição. Lembro da minha mãe que já não se encontra aqui. Penso no meu pai e nos meus irmãos que já se foram. E volto o meu pensamento para a família que construí, ao lado da Maria Lucia, agradecendo a Deus os filhos que me deu e o privilégio de tê-los à minha volta.

Todos os anos, na véspera do Natal, tenho um compromisso inadiável na casa de minha Irmã, a advogada Nara Jurema, em Ponta de Campina. Para mim, o dia mais especial do ano em que, envolvidos pelo amor e a harmonia, sorteamos os nossos “amigos secretos” e declarados também; quando estamos juntos, a trocar presentes e afagos, renovando a nossa fé e, sobretudo, agradecendo a Deus por estarmos ali demonstrando o amor que nos une e o quão valioso é o sentimento familiar que preservamos.

Que este Natal renove a nossa afetividade, intensifique a nossa generosidade, multiplique o nosso desprendimento e nos mantenha humildes e perseverantes no amor ao próximo.

Fonte: Abelardo Jurema Filho
Créditos: Polêmica Paraíba