imunização

Só a vacinação em massa nos salva - Por Rui Leitão

A campanha antivacina que alguns vêm fazendo não tem qualquer explicação baseada na ciência, acontece exclusivamente por paixões político-ideológicas. Incompreensível que num país que historicamente possui o mais completo programa de vacinação do mundo, de repente se veja numa situação em que lideranças políticas, que ocupam postos chaves na administração pública, estimulem movimentos contrários ao processo de imunização nacional contra o covid-19.

A campanha antivacina que alguns vêm fazendo não tem qualquer explicação baseada na ciência, acontece exclusivamente por paixões político-ideológicas. Incompreensível que num país que historicamente possui o mais completo programa de vacinação do mundo, de repente se veja numa situação em que lideranças políticas, que ocupam postos chaves na administração pública, estimulem movimentos contrários ao processo de imunização nacional contra o covid-19.

Essa onda negacionista que toma conta do país, ainda que repercuta numa faixa minoritária da população, se transformou numa guerra ideológica insensata e irresponsável, porque dificulta a eficácia das medidas fundamentais de saúde pública exigidas pela pandemia. Enquanto tivermos propagadas essas falsas alegações sobre a vacina, colocando desconfianças em parte dos brasileiros, ficaremos expostos aos riscos de contaminação.

Ignoram que as vacinas até então disponibilizadas, onde quase setenta por cento da população já foi imunizada, têm apresentado bons resultados. Basta ver que o número de pessoas infectadas e os óbitos verificados, caíram exponencialmente. Como se posicionar contra algo que está dando certo? Qual o argumento que possa justificar essa recusa às vacinas?

Uma nova variante está a assustar o mundo. Ainda que, por enquanto, se perceba menos gravidade do novo vírus, observa-se uma pressão, em crescimento rápido, no sistema de saúde. Os hospitais voltam a ter aumento de internações de pessoas com COVID, que se recusaram a tomar a vacina. Para complicar mais ainda, somos surpreendidos com um surto de gripe que provoca sintomas muito parecidos com os da pandemia que atinge o mundo inteiro desde março de 2020. Comportamentos e atitudes básicas individuais e da coletividade são difíceis de compreensão. Também pudera, o exemplo do principal mandatário da nação não ajuda, colocando a vida coletiva em risco.

O fim da pandemia passa, necessariamente, pela vacinação em massa dos brasileiros. Não se vacinar deixa de ser considerada uma opção. A decisão de não se vacinar é uma total falta de amor e respeito ao próximo. É um pensamento egoísta e errado. Precisamos voltar à normalidade e podermos nos abraçar uns aos outros e termos condições de viver em comunidade, festejando a vida, como fazíamos antes. Só a vacina em massa poderá nos proporcionar isso.

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba