No começo da presente campanha eleitoral (26 de agosto) eram onze os candidatos a Presidente da República. Ou seja: além de Bolsonaro e Lula haviam Ciro Gomes, Simone Tebet, Soraya Trhonicke, José EYmael, Felipe D´Avilla, Sofia Manzano, Léo Péricles, Vera Lúcia … e até um tal Padre kelmon…
No entanto, na eleição de 1º turno (dia 2), o eleitorado brasileiro, rejeitou estes nove ultimamente citados, elegendo exatamente Lula e Bolsonaro para disputarem o turno final (2º, dia 30).
Não mais cabe, portanto, expressarmos que um e outro “nunca mais’, porque agora, dia 30, é um ou o outro. E isto me lembra o posicionamento que me foi expresso recentemente por um amigo cardiologista que denomino de ‘meu médico do coração’ e nesse encontro ele foi logo me dizendo “Agora o caminho é votar em Lula para tirar Bolsonaro e em 2026, votar em Tebet para tirar Lula”.
De certo modo, este posicionamento de meu “médico do coração” também queria dizer ‘Bolsonaro e Lula nunca mais”. Ou o que tantos outros eleitores alegam: que estão para escolher quem o menos pior
Nossa conclamação é, pois, no sentido de que cada um de nós, eleitores, busquemos analisar e decidir o voto não sob o aspecto negativo ou de despreparação de cada candidato, e sim pelo lado positivo que os mesmos tenham, como por exemplo, quem o mais preparado e com capacidade de articulação política para mais estimular a interinstitucionalidade, sobretudo a independência e a harmonia entre os três Poderes da República, pilares fundamentais da Democracia! Quem dos dois deste 2º turno?!…
Paraíba, se realmente esperançavam obter votos em quantidade adequada para a vitória neste processo eleitoral. E estendemos os mesmos raciocínio e questionamento à(o)s candidato(a)s a Presidente da República Padre Kelmon, Vera Lúcia, Sofia Manzano e José Maria Eymael. E concluímos aquele texto com outro questionamento, qual seja: – ou se candidataram com intenções futuras e estão neste momento só se valendo das aparições (obrigatórias na mídia) que o processo eleitoral enseja?!…
Dissemos mais ainda: que lastimávamos não haver, por parte daqueles candidatos, noção de que suas participações em um pleito assim, eram vistas como atrapalhadoras do processo eleitoral! Entretanto, da parte do candidato Antonio Nascimento, houve a lamentação de que há muitas limitações para que candidatos como ele apresentassem propostas… No artigo anterior chamamos a atenção para a situação burlesca face ao fato de, aqui na Paraíba, quase 100 candidatos a deputado federal (deputado federal!) Não terem alcançado sequer 10 votos. Ridículo, não?!… E a votação destas candidaturas a governador, aqui referidas, quanto foi?!… Adjany Simplício, 0,44%; Adriano Trajano, 0,01%; Major Fábio, 0,11%; Antonio Nascimento, 0,04%. Para comparação da situação burlesca, os dois classificados para o 2º turno, tiveram 39,65% (João Azevedo) e 23.91% (Pedro Cunha Lima). Daí a pergunta: aqueles outros candidatos, que sequer alcançaram 1% dos votos, voltarão a candidatar-se a governador em 2026?!… (Ou insistirão candidatos, como já feito pela 6ª vez, agora em 2022, o constituinte José Maria Eymael pra Presidente da República, mesmo tendo obtido só e tão só 0,01% dos votos?).
Por estas e outras questões tão díspares no processo eleitoral brasileiro é que temos insistido quanto a necessidade de mudança na respectiva legislação, de modo a que se criem critérios que proporcionem mais seletividade/legitimidade eleitoral para o registro de candidaturas. E, como já dito em texto anterior, continuará a insistência, dando o passo subsequente junto à APCA (Academia Paraibana de Ciência da Administração), propondo ao seu Plenário um debate sobre o tema e, se aprovado, ampliando-o para outras Academias paraibanas, especialmente a de Letra Jurídicas, e, se assim tiver aprovação, fazer com que o tema/provocação, subscrito por várias entidades da sociedade civil, chegue ao Congresso Nacional para a devida e necessária apreciação.
Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba