Até pouco tempo, um grupo de parlamentares da Paraíba se uniu para se filiar ao Partido Republicanos com o objetivo de se fortalecer entre si e ganhar ainda mais prestígio junto ao governo. Esses mesmos parlamentares também tinham interesse na indicação do vice na chapa de João Azevedo; porém, anteriormente já haviam fechado acordo com a postulação do deputado Efraim Filho para o senado federal.
Durante esse período, João Azevedo, talvez imaginando como certo o apoio incondicional do Republicanos (dado o espaço que vinham ocupando dentro da gestão do governo), aproximou-se de vez do Partido Progressistas de Aguinaldo Ribeiro e do PSD de Daniella Ribeiro, antigos oposicionistas. Esse arco de aliança trouxe a indicação de Lucas Ribeiro, atual vice-prefeito de Campina Grande, para compor a chapa como vice-governador na disputa das eleições deste ano. Tudo isso com o apoio do Prefeito Cícero Lucena de João Pessoa.
Quem diria que um partido com a musculatura que possui o Republicanos, chegasse nessas alturas do campeonato político sem nenhuma indicação política na disputa deste ano. Será que isso não é um demérito para quem deu tanto ao governo? Um partido que até pouco tempo era protagonista nas decisões políticas do governo e que surgiu como um vulcão a ponto de chamar a atenção dos paraibanos, dada a sua pujança diante dos nomes que a ele pertence.
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Quem conhece a política sabe que esse vulcão está apenas adormecido, mas pode entrar em erupção a qualquer momento, e que suas larvas poderão atingir o governo como todo, pois não acreditamos que os parlamentares, principalmente os mais experientes como Adriano Galdino e Hugo Mota, não irão se submeter a uma candidatura do Progressistas, sobretudo a de Lucas Ribeiro, pois saberão que estarão entregando o futuro da Paraíba nas mãos do deputado Aguinaldo Ribeiro ou da senadora Daniella Ribeiro, e que um dos dois poderão vir a disputar as eleições para governador em 2026.
Tudo isso nos remete à Terceira Lei de Newton em que diz: “Em toda ação, há sempre uma reação oposta e de igual intensidade”. E essa falta de prestígio junto ao governo em relação às decisões políticas, vem criando um mal-estar incomensurável dentro do Republicanos, o que poderá levar o partido a tomar uma posição que não seja favorável ao governo, inclusive, uma aliança com o PSDB de Cássio Cunha Lima, o que pode trazer ainda mais preocupação dentro das estratégias políticas do governo para as eleições deste ano.
Até as convenções, tudo pode acontecer, inclusive, nada, mas em se tratando de política “até boi pode voar” como disse o Frei português Manuel Calado em 1648. Quem viver, verá!
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba
