O Brasil é um país que adora um reality show, e neste ano nós tivemos grandes personalidades vencendo os principais realitys do país. Thelma Assis no BBB 20, Jojo Todynho n’A Fazenda 12, Victor Alves no The Voice e o pequeno Kauê Penna no The Voice Kids, todos negros, e isso gerou uma grande alegria pela questão da represetatividade.
Eu não sou muito fã, e nem acompanho realitys, mas posso dizer com toda a certeza que o Brasileiro votou certo em 2020 e deve se orgulhar disso. É importante lembrar que além dos citados, nós também temos o The Circle Brasil, que é um reality da Netflix e foi lançado no nosso país em 2020, que teve como vencedora a Marina Gregory que também é uma mulher negra.
O conceito de representatividade tem sido muito discutido por ainda haver grupos que não são bem representados, principalmente na mídia e na política. Eu como mulher negra e tendo uma mãe negra também, enxergo a representatividade da classe como uma coisa importante e que devemos sempre comemorar.
Nós vivemos rodeados de racismo, como o que aconteceu nesta semana com a cantora Ludmilla, onde a artista chegou a desativar suas redes sociais. Isso acontece com ela, que é uma artista famosa, querida e conhecida, e imagina com as pessoas anônimas?! O racismo existe e está por todas as partes, por isso é importante essa representatividade, inclusive é importante termos a Ludmilla como mulher negra conquistando aí um espaço importante.
Representatividade, vem do ato de sentir-se representado, por alguém ou então um movimento influente, geralmente nas grandes mídias; representatividade é a qualidade de nos sentirmos representados por um grupo, em nossas características, seja lá qual for. É por meio da qualidade que nos sentimos parte de um grupo, compartilhando experiências, impressões e até sentimentos.
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A gente precisa falar de que forma o negro está na mídia, antigamente por exeplo, os papeis dos negros em novelas/filmes eram sempre o da faxineira, do jardinheiro, do motorista, ou até mesmo da prostituta, era difícil ver um negro ocupando um espaço de “poder”.
A mídia assume um papel de extrema importância quando se fala em identidade e representatividade e às vezes esse papel é mal desempenhado, ajudando, muitas vezes, a reforçar estereótipos negativos, infelizmente.
Essa grande falta de representatividade pode causar diversos problemas, principalmente na formação da nossa identidade, quando uma criança não se ver representada na televisão, nos livros, revistas, outdoors, etc, isso pode gerar sem dúvidas um pensamento de inferioridade e causar problemas psicológicos.
A representatividade não se faz importante só na nossa infância, ter alguém com as nossas características que a gente possa se espelhar e sentir orgulho é importante e sempre será.
A representatividade importa sim! E nós vamos sempre sentir orgulho pela vitória de pessoas negras e aplaudir de pé o sucesso de quem veio de baixo e está conquistando o “mundo”.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
