Opinião

RAPIDAMENTE. A notável e histórica Casa do Erário - Por Sérgio Botelho

Sobre o espaço público em que está alicerçado, até já conversamos. Trata-se de um largo, que mais modernamente tomou o nome de Praça Rio Branco, com origem cívica ao invés dos que apareceram por força de construções religiosas. Responsável pela denominação inicial do referido lugar, o prédio sobre o qual passamos a falar agora continua de pé, apesar dos séculos de construído.

Foto: Internet

Sobre o espaço público em que está alicerçado, até já conversamos. Trata-se de um largo, que mais modernamente tomou o nome de Praça Rio Branco, com origem cívica ao invés dos que apareceram por força de construções religiosas. Responsável pela denominação inicial do referido lugar, o prédio sobre o qual passamos a falar agora continua de pé, apesar dos séculos de construído.

Lógico, após intervenções cruciais, desde que foi erguido para acomodar o erário! Trata-se exatamente da Casa do Erário, construída no formato atual em fins do século XVIII, mas que por etapas vem do início da conformação urbana da cidade, enquanto servia à administração das finanças públicas da cidade de Parahyba do Norte.

Convém anotar que, em outros estágios, naquele mesmo espaço – forjado, na largada, como Largo do Erário – já se prestou como cadeia, açougue e mercado público, e até Paço Municipal, ou seja, sede física da administração do município. Em qualquer dessas situações, o prédio manteve-se em destaque por todo o período colonial e imperial, incluindo a época em que foi sede de uma das repartições dos Correios e Telégrafos, a partir de 1869, segundo registra seu guardião em dias atuais, o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).

Nesses termos, até pouco tempo foi utilizado, pelo órgão, para divulgar o patrimônio público paraibano. Parece não ser mais assim, o que provoca desassossego em torno de sua preservação. Na verdade, seria necessário que o prédio estivesse sempre aberto à visitação geral, e não apenas com a fachada à disposição do público.

Poderia, por exemplo, ser um posto avançado das administrações municipal e estadual do turismo, com panfletaria divulgando não apenas a própria história do prédio; e mais da praça, da própria cidade de João Pessoa e, mesmo, da Paraíba. A parceria entre estado, prefeitura e o próprio Iphan, que administra a velha Casa do Erário, dividiria custos, sempre elevados para a manutenção de construções históricas.

Com toda a certeza, o valor intrínseco de edificações históricas normalmente justifica todos os esforços que puderem ser feitos para mantê-los intactos.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba