Faltando pouco menos de um ano para as eleições 2018, o cenário para a campanha presidencial é no mínimo preocupante. O leque de opções que temos a disposição no momento chega a ser penoso e digno de crises de insônia em pleno domingo a noite.
Ao dar uma rápida passada pelo noticiário nacional meu coração chega a doer, vejo que estamos divididos entre o ruim, o horrível e o risível. Quem diria que após tudo que passamos, as crises que enfrentamos e a esperança de dias melhores na política, nos vemos obrigados a escolher entre Lula e Bolsonaro, entre Luciano Huck e Marina Silva ou entre Alckmim e Ciro Gomes.
No fim, é mais do mesmo. É ter certeza que tudo foi em vão, que nada vai mudar. E essa é a pior parte.
Lula com suas idas e vindas, com seus problemas na justiça brasileira e principalmente com a falta de credibilidade que suas palavras geram não deveria mais ser uma opção – e talvez nem seja – a lava jato vai se encarregar disso. Pior ainda é saber que mesmo sem o ex-presidente, o PT não vai largar o osso e planeja lançar Fernando Haddad ou Gleisi Hoffmann, duas opções sem força, sem representatividade e sem voto, com o agravante de Gleisi ser tão ou mais encrencada judicialmente que o próprio Lula.
Ao olhar para Bolsonaro o único sentimento que consigo imaginar é pena. Despreparo, preconceito e um retrocesso sem tamanho representados em um “mito” que até emplaca, mas não vai durar até o início da campanha. Seus eleitores são restritos àqueles que não sentem ou não sabem o real perigo das idéias que ele prega em um país tão carente de desenvolvimento como o nosso.
O tucanado que representou praticamente 50% do Brasil em 2014 também aparenta estar morto após os escândalos de Aécio e a falta de estratégia na imagem do novo (e já velho) garoto propaganda do partido. Os erros de João Dória ao não saber lidar com a euforia que o início da sua gestão causou em São Paulo lhe custaram a disputa presidencial e talvez até a reeleição à Prefeitura.
Ao olhar pelo retrovisor ainda podemos enxergar Marina Silva e Ciro Gomes, dois nomes desgastados que nem eles mesmo sabem o que defendem ou a quem querem atingir.
Eu sempre me mostrei otimista, com cabeça erguida e a convicção de que um nome chegaria e nos livraria de todas essas opções que não serviam antes e servem muito menos agora. E até agora, a única opção apresentada é a do apresentador Luciano Huck, que cá pra nós, vai dar trabalho, mas não serve para ser presidente do Brasil.
Eu olho para trás e não consigo lembrar como chegamos a esse ponto, quando rompemos a barreira do péssimo para o horrível. A esperança de dias melhores ficou só na imaginação.
Se essas forem as opções daqui pra lá, pobre do povo brasileiro.
Fonte: Leandro Borba
Créditos: Polêmica Paraíba