Muitas vezes vivemos o ódio sem perceber. Esse sentimento tem diversas faces e se manifesta por impulso emocional. Surge um desejo de causar dissabores a alguém que talvez nunca nos tenha feito mal algum. É fruto de uma aversão, uma raiva quase sempre inexplicável, um rancor profundo, uma antipatia. Sentimos isso até de pessoas que nem conhecemos pessoalmente.
Por isso é preciso muito cuidado para que não sejamos contaminados pelo ódio coletivo, estimulado pelos que adoram promover discórdias e dissenções. É quando ele ganha uma dimensão pública. Expressa uma emoção com potencial destrutivo. Comemoramos, por efeito de contágio social, influência de outros, derrotas ou perdas sofridas por quem não gostamos. Não é fácil ficar imune a uma onda de ódio que se alastra num ambiente em que vivemos.
Há um texto bíblico que diz: “o ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões” – (Prov. 10:12.). E se o ódio se instala em nosso coração por conclusões erradas, mentiras aceitas como verdades, narrativas falsas, ele se torna muito mais ofensivo a nós mesmos, uma vez que atinge nosso sentido de equilíbrio, sensatez. E aí é um passo para que estejamos produzindo conflitos, ânsia de vingança, comportamento de agressividade. Abre-se então a oportunidade de destruir amizades, quebrar relacionamentos. Quando o amor é vencido pelo ódio, perdemos a capacidade de perdoar, guardamos ressentimentos, chegamos a nos tornar insensíveis. O ódio faz com que não aceitemos ver nossos inimigos impunes, porque entendemos que eles merecem pagar por males que julgamos tenham causado.
O ódio é um sentimento mesquinho, inferior, egoista. O problema é que nunca ele é gratuito. Tem sempre um agente motivador. O melhor que fazemos nesses momentos em que ele teima em se manifestar, é buscar compreensão nas palavras de amor que nos foram ensinadas por Jesus Cristo. Por que o amor é a essência de Deus.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão