Até o dia 1º de fevereiro de 2023, as especulações sobre a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa não irão parar, pois a todo instante há modificações de apoios a determinadas candidaturas.
Inicialmente, prevíamos uma eleição quase que de forma pacífica do presidente Adriano Galdino para o segundo biênio e Wilson Filho ou Branco Mendes para o primeiro biênio. Tudo isso tendo como base os acordos já previamente anunciados pelo partido Republicanos onde diz que há o compromisso do governador João Azevedo de que a presidência da Casa Legislativa ficaria com o Republicanos nos dois biênios. Porém, com o andamento das conversações, não é isso que se vê na prática, já que se observa a candidatura de Eduardo Carneiro em uma crescente, onde ele próprio tem dito que já conta com o apoio de dezesseis parlamentares, e isso já vem causando preocupação, inclusive na cúpula do Republicanos.
O presidente do partido, o deputado federal Hugo Motta, sentindo que há algo estranho no ar, já fez publicar uma nota que rechaça qualquer rebeldia de um de seus componentes, referindo-se diretamente ao deputado estadual, recém-eleito, Michel Henrique que tem demonstrado uma certa independência política, o que tem lhe levado a dialogar com parlamentares de outras legendas no sentido de uma possível participação na composição da nova Mesa Diretora da Casa Epitácio Pessoa.
Ainda dentro desse contexto, chamou atenção também a fala do deputado Hervázio Bezerra na última sexta-feira (25), quando em entrevista à Rádio Arapuan desmentiu a fala do deputado Tião Gomes sobre uma conversa a respeito da sucessão do Poder Legislativo: “Não foi essa conversa que tive com Tião”, afirmou Hervázio.
Aliás, por falar em Hervázio Bezerra, em entrevista ao “PB agora” deste domingo (27), o parlamentar cobrou do deputado e presidente de seu partido (PSB), um posicionamento claro sobre a participação do PSB na disputa da Mesa Diretora da Assembleia, já que defende um dos dois biênios para o partido do governador João Azevedo.
E assim, já se detecta que mesmo o Republicanos dizendo que conta com o apoio do governo para as eleições, observa-se que a disputa ainda tem muito o que acontecer. A verdade é que há algo muito estranho nesse ninho, quem vive na política e com políticos sabe muito bem, basta ver o que aconteceu com o próprio deputado Hervázio Bezerra em 2019, quando era o candidato do governador e perdeu para Adriano Galdino; e ao que parece, essas investidas de forma equilibrada do deputado Eduardo Carneiro, diga-se de passagem, muito consistentes, vêm provocando uma certa reação de desconfiança pelos republicanistas.
Vemos que se ficarem com essa indecisão sobre se será Branco Mendes ou mesmo Wilson Filho para a presidência no primeiro biênio, isso pode dar musculatura política à candidatura do habilidoso Eduardo Carneiro (Solidariedade), que também faz parte da base do governador João Azevedo, e é homem de confiança também do grupo do deputado Aguinaldo Ribeiro, podendo aglutinar e vencer um dos biênios. Como diz Albert Einstein: “O impossível existe até que alguém duvide dele e prove o contrário”.
A pergunta que não quer calar é, e se der uma “zebra” (no bom sentido da palavra), e o deputado Eduardo Carneiro vencer a disputa e tornar-se presidente da Assembleia Legislativa? Como ficaria o comportamento político dos Republicanos em relação ao governo? Será que iriam ameaçar novamente um rompimento como aconteceu durante o período eleitoral recente? Até 1º de fevereiro muita água ainda irá passar por baixo da ponte. Quem viver, verá.
Fonte: polêmica paraíba
Créditos: Polêmica paraíba