Tendo como companhias físicas construções icônicas da cidade de João Pessoa, o atual prédio do Primeiro Batalhão da Polícia Militar, no entanto, é a mais antiga entre elas. Vizinhos igualmente celebrados de que falo, porém, mais novos, são os prédios dos Correios e Telégrafos e do Teatro Santa Roza. Os três, na emblemática Praça Pedro Américo que tem, ainda, no lado oposto ao que abriga as fileiras policiais, o também histórico edifício do Comando da PM, contudo, mais novo. Em suma, o das tropas é o mais antigo deles. Isso porque foi dado como concluído em 1811, em dois pavimentos, após o terreno (com alguma construção rudimentar), ter sido adquirido pelo governo colonial à Irmandade de Bom Jesus dos Martírios, segundo explicação à PM dada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (Iphaep).
De acordo com a informação, governava a Capitania da Paraíba o capitão-mor Antônio Caetano Pereira. Inicialmente, serviu de quartel à 1ª Linha do Exército e acabou mesmo vocacionado ao serviço militar, apesar de, em alguns momentos, dividir espaço com a errante Assembleia Legislativa do Estado, e ainda com a Inspetoria de Higiene e com a Escola de Aprendizes de Artífices. Sediou, dentro de sua vocação, o 27º Batalhão de Linha e o 47º Batalhão de Caçadores, um armazém de artigos militares e uma enfermaria militar. Virou quartel da Polícia Militar, até os dias de hoje, a partir dos primeiros anos do Século XX, depois de o patrimônio ser adquirido pelo governo paraibano. Conforme registra o Memória João Pessoa, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba, a intervenção de maior vulto ocorreu no ano de 1931, na gestão do interventor Antenor Navarro. Na oportunidade foram executadas obras de reconstrução e ampliação, sendo acrescido mais um pavimento e transformadas suas linhas de referência neoclássica para o Art Déco.
E nessa pisada vamos conhecendo melhor a história da cidade e de seus prédios e de monumentos e de tudo o que pudermos estudar e escrever a respeito.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba