Este é um momento em que devemos ter fome da verdade. Para isso é necessário nos blindarmos contra a técnica utilizada pela grande mídia objetivando causar um curto-circuito na nossa consciência crítica, explorando o aspecto emocional. Termos o cuidado de não permitir que nossas mentes sejam moldadas de acordo com os interesses nefastos de veículos de comunicação que se apresentam como instrumentos de manipulação das massas. Buscar compreender o que pode estar por trás da produção da noticia, enxergar as mensagens sublimares que ela contem, perceber o que se intenciona transmitir nas entrelinhas.
O que se observa na programação diária da mídia, seja ela televisada, falada ou escrita, é uma pauta cuidadosamente dirigida a exercer influência na sociedade, tornando-a vítima de artimanhas ideológicas dos poderes políticos e econômicos. Qual a estratégia mais eficazmente adotada? Deturpar o conteúdo da informação veiculada, procurando ajustá-la aos interesses do que defendem. Invadir a mente de cada um, num efeito anestésico que prive a liberdade de pensar por si mesmo. Injetar medos, idéias, desejos, que façam com que muitos acreditem que são seus próprios pensamentos e sentimentos.
O ideal é bombardear o público de informações que não lhe dê tempo de pensar, criar situações que justifiquem reações apressadas. Evitar oferecer notícias boas que possam amenizar a ansiedade em responder aos fatos precipitadamente. Quanto maior o comportamento compulsivo, melhor para eles. Gerar um aparente consentimento democrático de suas idéias propagadas. Assim acreditam intimidar os que forem contrários.
Já houve um tempo, entretanto, em que essa força midiática foi muito mais dominadora. Hoje as grandes empresas de comunicação, geralmente propriedades de poderosos conglomerados empresariais, enfrentam o rebate da internet, através das redes sociais. O contraponto não tem direcionamento de um patrão, a não ser a consciência crítica dos que teimam em proteger a verdade em nome da liberdade de pensamento e do respeito ao exercício da democracia.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba