“Ele é o Pelé da Medicina!”
“Ela é a Pelé do Voley!”
“Surgiu o Pelé no atletismo brasileiro…”
Frases, qualificações comuns no Brasil, há tempos.
Mas estas definições aí tem outra localização geográfica.
Lugano, zagueiro uruguaio, falava sobre o uso do termo no país platino.
Tudo que remeta a excelência de desempenho lá na terra da “Celeste” tem referência brasileira.
E olha que o tal Pelé, em campo, castigou muitos uruguaios na bola.
Também nocauteou um deles.
É contra os hermanos ao sul talvez o lance mais belo e trágico, ao mesmo tempo do futebol.
O quase gol mais festejado de todos os tempos.
Eloquente como o gigantismo da carreira de Pelé.
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O drible no goleiro Mazurkiewicz, sem tocar na bola, e a caprichosa conclusão quase sem ângulo a beijar a trave e, caprichosamente, sair…
Mas não é apenas no vizinho de baixo que a alcunha, marca Pelé tem status de excelência máxima.
Pelo mundo o “atleta do século” cravou as 4 letras como status de quase perfeição.
Nos EUA Jordan era o Pelé do Basquete, Sinatra, o Pelé da música!
Ousaram até catalogar o gênio de outra dimensão, um senhor Da Vinci, como Pelé da Pintura e afins.
Mas aí carregaram na mão de tinta…
Tudo bem que Pelé também não era deste planeta, mas…
Fato é que agora, todo este conceito está oficializado.
O Dicionário Michaellis da Língua Portuguesa incluiu a palavra Pelé com significado de incomparável, único, excepcional, inigualável, “maior de todos” etc.
Lógico que, a prática já existia e, o imaginário popular, a força cultural das ruas, sempre valerá mais, bem mais do que o que fica registrado em manuais, cartilhas, tratados e afins.
Mas, unir as duas coisas é a equação perfeita.
Nesta perspectiva, a inclusão do termo Pelé estabeleceu o equilíbrio perfeito entre o que vale nas ruas, na boca do povo e o que consta nos autos oficiais.
Independente de predileção, ou antipatia a figura humana (porque ninguém em sã consciência, ousa, ou jamais ousará, negar a genialidade, maestria do atleta do século), Pelé, é aquele brasileiro mais conhecido que qualquer outro humano.
Há muito tempo, antes mesmo de minha existência, o termo se descolou do personagem e agora está imortalizado!
Fonte: Marcos Thomaz
Créditos: Polêmica Paraíba
