Chama-se José Peregrino uma rua do Centro de João Pessoa que nasce na Rodrigues de Aquino e termina se encontrando, na altura do Mercado Central, com a avenida Almeida Barreto, da qual é originariamente paralela.
Também paralela à histórica avenida João Machado, a José Peregrino é reta, quem faz curva é a Almeida Barreto. A referida via, cheia de casas representativas de uma arquitetura de classe média que remete às décadas de 1940 e 1950, possui trânsito constante, o dia inteiro, apesar de meio tumultuado, às vezes, por servir de concorrido estacionamento, assim como acontece com as ruas mais próximas.
O homenageado, que se assinava José Peregrino d’Araujo, formado na Faculdade de Direito do Recife, que viveu entre 18 de novembro de 1840 e 5 de outubro de 1913, foi promotor, procurador, juiz (na Paraíba, no Rio Grande do Norte e no Amazonas), deputado provincial (equivalente ao deputado estadual de hoje), deputado federal e desembargador.
E, ainda, segundo verbete publicado no site do Ministério Público da Paraíba, redator e colaborador dos jornais O Liberal Parahybano e A União, além de provedor da Santa Casa de Misericórdia. Contudo, para o ilustre paraibano nascido no Vale do Sabugi, mais precisamente no antigo distrito de Várzea de Santa Luzia, emancipado em dezembro de 1961, o cargo mais importante que exerceu foi certamente o de presidente do Estado da Paraíba, entre 1900 e 1904.
Em seu governo, enfrentou fortíssima seca que prejudicou as finanças do estado, tendo que empreender esforços no combate ao cangaço, cuja maior expressão, na época, era o pernambucano de Afogados da Ingazeira, Antônio Silvino, com incursões constantes em território paraibano, e que somente viria a ser preso em 1914, 10 anos depois de José Peregrino ter deixado o governo estadual.
Entre as obras providenciadas por ele, na cidade da Parahyba (atual João Pessoa), com o status de presidente estadual, destaque para a reconstrução da Ponte do Baralho, por sobre o Sanhauá.
Foto da rua Desembargador José Peregrino, na altura da Monsenhor Sabino Coelho, tendo ao fundo a rua Rodrigues de Aquino.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba