Algumas das ruas e praças de João Pessoa, sobre as quais temos jogado luz, nessa série Parahyba e suas Histórias, desempenharam papel de grande relevância na formação da cidade.
Dentro desse prisma, as atuais praças Álvaro Machado e XV de Novembro, localizadas no Varadouro, são exemplos emblemáticos. Durante os tempos coloniais, esses espaços foram diretamente influenciados pela proximidade do Porto do Capim, que fazia do Varadouro o principal ponto de movimentação comercial da cidade.
Com a construção da estrada de ferro, entre o final do Império e o advento da República (anos 1880, 1890 e primeiras décadas do Século XX), essas praças ganharam nova relevância, ambas se consolidando como pontos estratégicos para o desenvolvimento econômico e social da cidade.
Além disso, os dois locais sediaram eventos memoráveis que marcaram a história pessoense, como celebrações cívicas e manifestações culturais, servindo de ambientes a acontecimentos que moldaram a identidade da cidade.
Elas são depositárias de tradições, costumes e valores que, ao longo dos anos, ajudaram a construir a narrativa política, social e cultural da cidade. Preservar esses logradouros é essencial para reforçar o senso de pertencimento e continuidade histórica, garantindo que a identidade pessoense permaneça viva e inspiradora para as gerações futuras.
Dessa maneira, investir na revitalização e funcionalidade de praças como a Álvaro Machado e a XV de Novembro é fundamental para promover a memória coletiva de João Pessoa.
Lembrando que o esforço não deve ser exclusivo do poder público, mas compartilhado com instituições privadas e movimentos culturais que podem contribuir de forma significativa para transformar esses espaços em centros de convivência, lazer e cultura.
Ao torná-las mais funcionais, com infraestrutura adequada, atividades culturais regulares e iniciativas que estimulem o uso comunitário, essas praças ganham vida como locais de interação social. Com a efetiva requalificação do Conventinho, a tarefa será facilitada.
Na foto, a Praça XV de Novembro, com a Rua João Suassuna, que leva ao Conventinho.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba