Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: O velho Largo das Mercês e a Praça 1817 - Por Sérgio Botelho

A Praça 1817, localizada no centro histórico de João Pessoa, é um espaço de grande relevância histórica e cultural para a cidade.

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: O velho Largo das Mercês e a Praça 1817 - Por Sérgio Botelho

A Praça 1817, localizada no centro histórico de João Pessoa, é um espaço de grande relevância histórica e cultural para a cidade. Ela ocupa o local onde antes existia o Largo das Mercês, que abrigava a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, uma construção datada do século XVII, construída e administrada pela Irmandade dos Pretos e Pardos.

A igreja foi demolida em 1935, ação creditada na conta das melhorias urbanas. Uma nova versão do templo foi construída ali perto, na rua Padre Meira, e ainda hoje existe em plena atividade litúrgica.

Assim, o espaço foi rebatizado em homenagem à Revolução de 1817, um movimento republicano e separatista contra o domínio português, que teve desdobramentos significativos na Paraíba, com efetiva participação de paraibanos, a exemplo de José Peregrino de Carvalho, Amaro Gomes Coutinho, Francisco José da Silveira, padre Antônio Pereira de Albuquerque e Inácio Leopoldo de Albuquerque Maranhão, que foram executados e tiveram partes dos seus corpos expostos em prédios de João Pessoa.

A praça, vizinha do antigo Passeio Público, hoje Praça João Pessoa, está dividida em dois níveis (inferior e superior) e é um ponto de referência no centro da cidade, por onde transitam milhares de pessoas diariamente.

Além de seu valor histórico, a Praça 1817 é um importante local de convivência na capital paraibana. Reedito a ideia sobre a necessidade de restaurar o prédio em ruínas que abrigou o Teatro Santa Cruz e a Igreja Presbiteriana, localizado na praça. A proposta seria transformá-lo em um local de memória da Revolução de 1817, reforçando a importância histórica do local.

A Praça 1817 acaba sendo um símbolo da resistência e da luta pela liberdade, além de ser um espaço de integração social e cultural em João Pessoa. Sua preservação é essencial para manter viva a memória da cidade.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba

Sérgio Botelho

Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.