Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: O clube Esquadrilha V - Por Sérgio Botelho

A vida clubística pessoense, mais forte até a década de 1980, teve entre seus destaques o Esquadrilha V, sediado na histórica

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: O clube Esquadrilha V - Por Sérgio Botelho

A vida clubística pessoense, mais forte até a década de 1980, teve entre seus destaques o Esquadrilha V, sediado na histórica Rua São Miguel, no Varadouro.

Com sede tratada em informes do clube como o “Palacete da São Miguel”, a agremiação encontrava motivo para brilhar o ano todo. Existiram, por exemplo, os sorvetes dançantes, certamente atraindo crianças e adolescentes.

As chamadas festas joaninas, então, eram cercadas do maior brilho, com quadrilhas e bailes e tudo o que um São João comporta, em termos de celebração da data. Logo em janeiro, em data móvel, acontecia um memorável grito de carnaval, sempre com boa cobertura da imprensa.

Aliás, no carnaval era onde o clube mais se notabilizava, sempre apresentando um carro alegórico bastante esperado nos desfiles de rua em João Pessoa. Houve tempo em que os desfiles carnavalescos pessoenses incluíam competição entre os blocos mantidos pelos clubes, cada um se esmerando em apresentar o melhor visual possível.

Quando vencia os desfiles, o Esquadrilha V comemorava, subsequentemente, em matinées notáveis. O Esquadrilha V homenageava, em seu nome, a aviação nacional, com particular apelo à Força Aérea Brasileira. Nesse sentido, eram bastante frequentadas as festas promovidas em datas como o 7 de Setembro e o Dia da Bandeira.

No primeiro caso, além da festa no dia 6, uma intensa programação movimentava o clube no próprio dia. Lembrando que a sede da São Miguel comportava um campo de esportes aqui e acolá requisitado pelo poder público municipal visando a realização de festas cívicas.

Isso porque o Esquadrilha V mantinha um dinâmico departamento de esportes, fazendo com que aquele grêmio participasse, sempre de forma competitiva, em torneios envolvendo diversas modalidades de esporte coletivo.

Outra data que costumava ser festejada pelo Esquadrilha V era a de 5 de agosto, da fundação e da padroeira da cidade de João Pessoa, Nossa Senhora das Neves, quando costumava circular mais um número do eventual O Aviador, jornalzinho mantido pelo Departamento de Publicidade do clube.

Já nas décadas iniciais da segunda metade do século XX, o Esquadrilha V foi tragado pelo declínio de atividades em clubes sociais ou culturais, que perderam relevância devido a mudanças nos hábitos das pessoas.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba

Sérgio Botelho

Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.