O assalto ao 22º Batalhão de Caçadores, em João Pessoa, ocorreu durante a Revolução de 1930, o movimento armado que resultou na deposição do presidente Washington Luís e na ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
Segundo o Atlas da Fundação Getúlio Vargas, a tomada do quartel teve início às 0:30 horas do dia 4 de outubro daquele ano. A Paraíba já vivia um clima de tensão política após o assassinato de João Pessoa, então presidente do estado e candidato a vice na chapa de Vargas, derrotada no pleito de 1 de março do referido ano, pelo paulista Júlio Prestes.
Sua morte, em 26 julho, pouco mais de dois meses antes, inflamou ainda mais os ânimos dos liberais. A tomada do 22º BC, hoje Batalhão Vidal de Negreiros, em Cruz das Armas, foi um marco na chamada Revolução de 1930, no Nordeste, consolidando a posição dos revolucionários na Paraíba.
Tiveram destaque entre os sublevados os tenentes Agildo Barata e Juracy Magalhães, além do engenheiro e político Antenor Navarro. No episódio, morreu o general Alberto Lavenère Wanderley, comandante da 7ª Região Militar, que se encontrava na capital paraibana exatamente por conta dos ânimos exacerbados após o assassinato do presidente paraibano.
Uma morte indesejada e que terminou não assumida por nenhum dos lados. A Revolução de 1930, que teve a Paraíba como um dos epicentros, junto com Minas Gerais e Rio Grande do Sul, desestabilizou o governo de Washington Luís, impedindo a posse do presidente eleito, o paulista Júlio Prestes, ensejando a posse de Getúlio Vargas, em 3 de novembro do mesmo ano, como presidente do Brasil.
Dessa forma, Antenor Navarro consolidou seu nome como figura emblemática do movimento. No entanto, sua trajetória foi interrompida tragicamente: ele morreu em 1932, em meio a um acidente de avião, em Salvador, enquanto exercia o cargo de Interventor Federal na Paraíba, já sob o novo regime instaurado após a Revolução.
Junto com ele viajava o ministro da Viação, José Américo de Almeida, que conseguiu escapar da tragédia.
A praça Antenor Navarro, em João Pessoa, celebra o revolucionário.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba