Celebração

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: I Festival da Moderna Música Popular Brasileira - Por Sérgio Botelho

Sérgio Botelho lembra que em 1º de abril de 1967, teve início, em João Pessoa, o I Festival da Moderna Música Popular Brasileira.

Foto: Sérgio Botelho
Foto: Sérgio Botelho

Em 1º de abril de 1967, teve início, em João Pessoa, o I Festival da Moderna Música Popular Brasileira (sic). Era a época dos festivais, iniciados nacionalmente dois anos antes, na TV Excelsior, proporcionando espaço para a juventude expressar ideias e sentimentos por meio da música, driblando a censura vigente à época. Do espaço de sua coluna, Ponto de Cem Reis, em A União, o crítico, hoje imortal da Academia Paraibana de Letras, Carlos Aranha, comemorava a iniciativa: “…o I Festival Paraibano de MMPB está desempenhando um enorme papel no desenvolvimento cultural da região nordestina. Novos valores artísticos já são consequentes, podendo obter inclusive maiores repercussões em outros locais”. O palco do evento, diante de um público que lotou suas poltronas e camarotes nas eliminatórias e na final, foi o do Santa Roza (foto), na época, dirigido por Altimar de Alencar Pimentel. O júri era composto por figuras expressivas da história cultural da Paraíba: os maestros Afrânio Teixeira, Marinho Grajaú e Augusto Simões, o professor Hildebrando Assis, o já citado Altimar Pimentel, além dos críticos Ozires de Belli e Francisco Ramalho. Na Rádio Arapuan, com o seu programa “Letras e Artes”, o maestro Pedro Santos analisava cada etapa do festival. A Tabajara e A União completavam o aparato midiático a acompanhar a iniciativa. Na final, ocorrida em 22 de abril daquele ano, o 1º lugar ficou com “O Repente”, de José Batista Nascimento e Genival Veloso, interpretada por Bráulio Bronzeado e Conjunto Albarran. O segundo, com “Meação”, música e letra de Lair Ramalho, interpretação de Gilson e Geisa Reis. E o 3º lugar, com “Poeira”, música e letra de Marcus Vinícius e Marcos Tavares. Além disso, foram distribuídas menções honrosas para “Ritual do Amor”, de Mário Lins e João Carlos França, e “Herói Anônimo”, música e letra de Livardo Alves. O “Melhor Intérprete Masculino” foi Agápio Vieira, a “Melhor Intérprete Feminina”, Shirley Maria, e a “Melhor Voz do Festival”, Bráulio Bronzeado. Lá se vão 57 anos. Mas A União e a WEB preservam essas histórias.