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PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: havia uma grande fábrica de cigarros em João Pessoa - Por Sérgio Botelho

A urbe de João Pessoa, no início do Século XX, abrigou algumas pequenas fábricas que deixaram a cidade baixa com certo ar fabril. Uma delas foi a de cigarros Popular de Ferreira & Comp. que funcionava desde 1875 na rua Maciel Pinheiro, e na década de 1930 transferiu-se para novo, vistoso e bem construído prédio.

A urbe de João Pessoa, no início do Século XX, abrigou algumas pequenas fábricas que deixaram a cidade baixa com certo ar fabril. Uma delas foi a de cigarros Popular de Ferreira & Comp. que funcionava desde 1875 na rua Maciel Pinheiro, e na década de 1930 transferiu-se para novo, vistoso e bem construído prédio. Nessa época, produzia ‘cerca de 120 milhões de cigarros das conhecidas marcas Dois Amigos, Deliciosos, 18, João Pessoa, Brasil-Clube, Popular, Venda e Santos Dumont’, conforme anúncio na imprensa da época. (“Não existe no território parahybano uma única pessoa que desconheça os cigarros da FABRICA POPULAR, estando portanto em cada boca um ATTESTADO a elles favorável”, dizia o reclame).

O prédio se diferenciava dos de outras pequenas e médias fábricas por ter sido edificado especialmente para ser uma indústria, e não, como era comum, uma adaptação, o que acontecia até em residências. Por sinal, em imóveis adaptados havia outros fabricantes de cigarros e até de charutos em João Pessoa, notadamente na ladeira do Largo de São Frei Pedro Gonçalves.

O que revela certo prestígio do tabaco por aqui, na época. Voltando ao cigarro Popular, “as máquinas eram novas e eficientes” para a tarefa, executadas por “operários cigarreiros”. Para os que não sabem ainda, essas novas instalações da fábrica de cigarros Popular, em João Pessoa, existiram no prédio, em dois andares, que atualmente parece ter perdido parte do telhado, e que até tempos atrás serviu de sede para a Prefeitura de João Pessoa. Mas que continua de pé, com frente para o prolongamento da rua Gama e Melo, na direção da Praça Antenor Navarro, tendo como rua lateral a Henrique Siqueira, e na parte de trás a final da Rua da Areia.

Um prédio grande e que tinha como vizinho próximo o da fábrica Tito & Silva entre outros. Infelizmente não descobrimos registros concretos de quando a fábrica de cigarros Popular encerrou suas atividades. Porém, em 3 de março de 1950 ainda anunciava em A União estar comprando fumo de corda em ‘qualquer quantidade’. Portanto, em plena atividade.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba