Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Educação e memória - Por Sérgio Botelho

Tem sido dito e repetido à exaustão que a cidade de João Pessoa pode ser considerada um museu a céu aberto, o que é, em parte, verdade.

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Educação e memória - Por Sérgio Botelho

Tem sido dito e repetido à exaustão que a cidade de João Pessoa pode ser considerada um museu a céu aberto, o que é, em parte, verdade.

Apesar de esforços, que devem ser reconhecidos, do Instituto Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), vinculado ao governo do Estado, da saudosíssima Oficina-Escola de Revitalização do Patrimônio Cultural em João Pessoa, da Prefeitura de João Pessoa, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Governo Espanhol (na década de 1990), não se alcançou ainda o tamanho desejável para que tal museu se descortine de uma vez.

Lógico que ao poder público cabem as iniciativas, mas muita coisa deve ter a inestimável colaboração do povo. Nesse sentido, as escolas de ensino fundamental e médio deveriam investir mais em disciplinas, e todo tipo de atividade complementar, que instruam os alunos sobre as histórias da cidade, de sua gente, de suas ruas e praças, de seus prédios, de seus fatos e de suas lendas, vale dizer de sua ancestralidade material e afetiva.

Não pode existir amor a prédios e ruas velhas e a histórias antigas caso não seja conhecida, verdadeiramente, a importância que têm para o que a cidade foi e passou a ser no passar do tempo. Aliás, do que nós próprios somos hoje enquanto coletividade.

Só uma educação que desperte pertencimento, será capaz de garantir que as gerações presentes e futuras cuidem e celebrem esse patrimônio, assegurando a continuidade e o reconhecimento de sua importância. Essa aliança entre educação e memória se tornará então a guardiã das experiências coletivas que definem a identidade de João Pessoa e de seus habitantes.

LIVRO: Aproveito para lembrar aos amigos que é hoje o lançamento do livro “JOÃO PESSOA, UMA VIAGEM SENTIMENTAL”, com prefácio do poeta, escritor e acadêmico Hildeberto Barbosa Filho, marcado para acontecer, a partir das 17 horas, no Bistrô 17, ao lado da Basílica Catedral de Nossa Senhora das Neves, onde teve início a ocupação da parte alta da Cidade Real de Nossa Senhora das Neves, nossa querida João Pessoa.

Na foto, o Bistrô 17.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba

Sérgio Botelho

Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.