A igreja não mais existe, foi derrubada no governo João Pessoa, para formar o jardim que atualmente existe no velho Palácio da Redenção, na Praça João Pessoa.
Mas o Natal de 1859, Dom Pedro II e a Imperatriz Tereza Cristina passaram assistindo a Missa do Galo na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na então cidade da Parahyba (hoje, João Pessoa) juntamente com o então governador da Província da Parahyba do Norte, Ambrósio Leitão da Cunha, um paraense que anos mais tarde receberia o título de Barão de Mamoré e o cargo de Ministro dos Negócios do Império do Brasil.
A escolha da igreja para a celebração reforça sua importância histórica e simbólica na época. O conjunto jesuítico era um dos principais pontos religiosos, políticos e culturais da cidade, representando a presença dos jesuítas na colonização e na educação no Brasil colonial, além do exercício do poder naqueles anos 1800.
Depois de a comitiva naval do imperador percorrer o difícil, mas aprazível trajeto fluvial entre a foz do Paraíba, em Cabedelo, e o Porto do Varadouro (ou do Capim), nosso principal equipamento portuário, naquele período, a comitiva real desembarcou na então Praça do Imperador (hoje XV de Novembro), debaixo de muitas pompas e circunstâncias e, naturalmente, certos exageros.
Depois, percorreu algumas ruas daquela literalmente provinciana cidade, com destaque para a requintada rua da Areia, com seus casarões ocupados e decorados pela gente paraibana mais abastada, até chegar ao velho conjunto jesuítico, onde a família real ficou hospedada. O imperador realizava uma de suas viagens pelo Brasil, no sentido de fortalecer a monarquia e promover a unidade nacional, sempre abalada por rebeliões diversas.
A estadia na Parahyba do Norte durou longos quatro dias, nos quais visitou engenhos na Várzea do Paraíba, se demorou em Pilar e Mamanguape, deixando em ambas as cidades impressões que duram até hoje.
Antiga Igreja de Nossa Senhora da Conceição, entre o ex-Palácio do Governo e a atual Faculdade de Direito, na Praça João Pessoa.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba