A construção do Colégio Nossa Senhora das Neves, dedicado à educação feminina, na Praça da Matriz (posteriormente, Praça Dom Ulrico), conforme já comentei em post anterior, aconteceu no governo de Henrique de Beaurepaire Rohan, em 1858. Em termos de costume, uma iniciativa revolucionária para a época.
Contudo, três anos depois, em 1861, o segundo sucessor de Rohan mandou fechar o colégio, assim permanecendo até 14 de março de 1895 quando o primeiro bispo da Paraiba, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques mandou reabri-lo, com a mesma destinação em termos de gênero, mas então, de forte orientação católica, porque ligado à cúria recentemente criada.
Era parte da orientação do Vaticano em unificar o catolicismo mundialmente, diante das ameaças a seu crescimento representadas, de forma especial, pela popularização das ideias socialistas e pelo protestantismo. Recém egresso do período imperial, a República no Brasil também merecia atenção especial em virtude da separação entre Igreja e Estado.
Ao mandar reabrir o colégio feminino, o chefe da Cúria paraibana mandou também edificar na parte sul da construção uma capela, junto à Ladeira da Borborema, que foi inaugurada em 7 de agosto de 1897, apenas dois anos depois da reabertura da escola, ao mesmo tempo que providenciava reformas no prédio do colégio.
Notícias Relacionadas
O resultado foi um conjunto com características do neoclássico, estilo ainda em voga na época, contando com platibanda, jarrões e figuras de louça sobre esta; janelas inferiores em arco pleno e superiores com vergas retas encimadas por frontões etc., conforme descreve o Memória João Pessoa, do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal da Paraíba.
Atualmente, a capela, assim como todo o prédio que serviu ao Colégio Nossa Senhora das Neves está em fase final de reforma, visando recuperar o máximo de suas características originais, segundo pretende o governo do estado. Nele existirá o Parque Tecnológico Horizontes de Inovação. Aliás, com parte do projeto já em funcionamento.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba
