Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Avenida Camilo de Holanda - Por Sérgio Botelho

Uma das mais importantes avenidas de João Pessoa é a Camilo de Holanda. Inteiramente ocupada por empreendimentos comerciais

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Avenida Camilo de Holanda - Por Sérgio Botelho

Uma das mais importantes avenidas de João Pessoa é a Camilo de Holanda. Inteiramente ocupada por empreendimentos comerciais e clínicas, mas originalmente residencial, ela existe entre o Parque Solon de Lucena, no Centro, e a Praça Pedro Gondim, na Torre.

Mais amplamente, do ponto de vista urbano, compõe longo corredor que traz a população da Zona Sul da cidade (destacadamente Valentina, Mangabeira, Bancários e Castelo Branco) ao Terminal de Integração, no Varadouro.

O homenageado, general e médico Francisco Camilo de Holanda (1862-1946), nascido na cidade da Paraíba, atual João Pessoa, presidiu o estado entre os anos de 1916 e 1920, além de ter sido deputado federal. Compartilhou os últimos dois anos de administração com os dois primeiros do paraibano Epitácio Pessoa, seu padrinho político, na Presidência da República (1919-1922), o que, junto com o boom do algodão, no estado, muito lhe beneficiou.

Durante seu governo, ficou conhecido, sobretudo, por iniciativas de modernização e desenvolvimento da capital. No rol de suas obras, na atual João Pessoa, se inscrevem as Praças Aristides Lobo, Pedro Américo, Venâncio Neiva, Conselheiro Henriques (atual Dom Adauto ou do Bispo), Bela Vista (Simeão Leal) e Rio Branco.

Foi ele quem também abriu as avenidas São Paulo (João da Mata), Maximiano Figueiredo e Epitácio Pessoa, ampliando a General Osório. Outras ações marcantes de Camilo de Holanda, na cidade, foram a Balaustrada das Trincheiras e a Escola Normal (atual prédio do Tribunal de Justiça da Paraíba).

Seu mandato foi assinalado por esforços na melhoria e ampliação de estradas e de escolas, e promoção do desenvolvimento agrícola. Também enfrentou tensões com a família Pessoa, do mesmo Epitácio que o apadrinhou.

A União de 15 de janeiro de 1946 noticiou a morte de Camilo de Holanda, reproduzindo decreto de luto oficial no estado, datado de 13 do mesmo mês e ano (dois dias antes, portanto), informando que o então interventor, desembargador Severino Montenegro, havia comparecido à missa de corpo presente, na Catedral, e sepultamento no Cemitério Senhor da Boa Sentença.

Foto da Camilo de Holanda, na altura da Borja Peregrino. Ao fundo, a Maximiano Figueiredo.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba