Aproveito o domingo lotado de turistas em João Pessoa para falar sobre uma praia menos explorada comercialmente, portanto, menos movimentada, e que pertence ao litoral pessoense. A praia de Jacarapé é um recanto de beleza natural que se destaca pela tranquilidade e preservação. Com suas águas claras e mornas, como em todas as praias da Paraíba, com significativa presença de vegetação nativa, é destino ideal para quem busca sossego e contato com a natureza. Por ser assim, menos acessada, Jacarapé mantém um charme rústico, o que contribui para uma atmosfera de quase intocada. O acesso à praia é feito por estradas que cruzam áreas verdes, o que já antecipa a sensação de refúgio. A vegetação nativa acaba proporcionando, para além de sol e mar, a possibilidade de o visitante fazer trilhas. Ao chegar, o que se vê é um cenário pitoresco, com pequenas enseadas e formações rochosas que compõem um ambiente perfeito para contemplação e momentos de descanso. A maré, quando baixa, forma piscinas naturais que convidam ao banho tranquilo, enquanto na maré alta, as ondas atraem praticantes de esportes como o surf. Historicamente, Jacarapé também carrega conexão com as tradições locais. A região já foi cenário de atividades relacionadas à pesca artesanal, que ainda podem ser observadas em menor escala. Algumas dezenas de famílias residem no local, sobrevivendo por meio da pesca. Apesar de sua beleza e tranquilidade, Jacarapé enfrenta desafios comuns a algumas praias da região, como a necessidade de preservação ambiental, que resulta, ainda, na existência de pontos impróprios ao banho, por conta da poluição, e controle do turismo predatório. Ainda assim, continua sendo uma joia para aqueles que buscam experiência autêntica e íntima com o litoral pessoense, longe do agito e das grandes multidões. Jacarapé é, portanto, um convite para quem deseja fugir do óbvio e se achar em um refúgio de simplicidade e encantamento. Para quem aprecia o silêncio somente quebrado pelo vento e as ondas do mar, Jacarapé oferece mais do que paisagens: oferece memórias que hão de permanecer.
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