A Pedra do Ingá (ou Itacoatiara), localizada na cidade de Ingá (na origem, Vila do Imperador), a pouco mais de 100 quilômetros de João Pessoa, é um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil, com inscrições rupestres que desafiam pesquisadores desde o Século XVIII, quando os colonizadores a descobriram. A rocha de gnaisse, com cerca de 50 metros de comprimento e 3 metros de altura, é coberta por desenhos geométricos, figuras humanas e animais, e símbolos abstratos que estimulam a imaginação. Diversas teorias tentam explicar o significado das inscrições, desde registros astronômicos de constelações e cometas, até a possibilidade de ser um sistema de escrita de civilizações antigas, ou simplesmente uma forma de expressão artística dos povos que habitaram a região. Há quem fale até em fenícios, como autores. A depender da luz projetada pelo sol, círculos na pedra expressam as fases da lua. Na verdade, a complexidade das inscrições sugere um sistema de escrita ainda não decifrado. Acredita-se que as inscrições tenham sido feitas entre 6.000 e 10.000 anos atrás, tornando a Pedra do Ingá testemunho da presença humana na região desde tempos remotos. O sítio arqueológico é reconhecido como Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, cabível pela importância histórica e cultural que encerra. A relíquia ancestral enfrenta, contudo, desafios de preservação, como a ação do tempo, erosão e vandalismo, mas o Estado (governo, prefeitura, Iphan), junto a instituições diversas, trabalham para defender o patrimônio. Aberta à visitação pública, o local conta com infraestrutura para receber turistas, incluindo um museu com informações sobre o sítio arqueológico e a cultura indígena da região. Para completar o poder de atração da pedra, uma bela paisagem natural emoldura o sítio, pela presença do Rio Ingá e vegetação típica da região. O apelo turístico da Pedra do Ingá se reforça na combinação de mistério, história, beleza natural e cultural, proporcionando experiência memorável a seus visitantes.
Sítio arqueológico