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PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: A antiga festa de Nossa Senhora da Conceição da São Miguel; no Varadouro culto à santa é tradicional - Por Sérgio Botelho

Na rua São Miguel, oeste do bairro do Cordão Encarnado, havia anualmente uma tradicional festa com partes religiosa e profana, sempre no final do mês de novembro.

imagem: reprodução/internet

Na rua São Miguel, oeste do bairro do Cordão Encarnado, havia anualmente uma tradicional festa com partes religiosa e profana, sempre no final do mês de novembro. O evento seguia até 08 de dezembro, dia dedicado à Nossa Senhora da Conceição, sob o comando religioso do templo consagrado a essa denominação de Maria, que tomou o lugar da antiga Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Praça João Pessoa, derrubada no final da década de 1920. Normalmente, durante a festa, as ruas São Miguel e Índio Piragibe eram tomadas por barracas e parques de diversões. “Nunca mais, faz tempo!”, me disse pesaroso, no início desta semana, um vizinho defronte à igreja.

Contudo, a parte religiosa da celebração continua. Há uma tradicional novena na capela, com grande concorrência de fiéis, não apenas do Varadouro e do Cordão Encarnado, mas também de outras partes de João Pessoa e da cidade de Bayeux. Ainda na cidade baixa, há outra festa dedicada à Nossa Senhora da Conceição, cuja liturgia tem início na Igreja de São Frei Pedro Gonçalves quando, por meio de procissão bastante concorrida, o cortejo religioso termina na Ilha da Santa, no Sanhauá, onde existe uma capelinha para recebê-la.

Durante o trajeto, a procissão move-se pela tradicional comunidade do Porto do Capim, cuja população se envolve ativamente desde a preparação das homenagens à santa. No Porto do Capim é formado um cortejo de barcos com a participação direta de pescadores e catadores de mariscos locais. Além disso, há catamarãs contratados por gente que chega de outras áreas de João Pessoa.

Na ilha, é realizada uma missa com a presença da imagem entronizada pelos clérigos. Após o ato litúrgico tem lugar evento profano, ali mesmo, o que da mesma forma ocorre no Porto do Capim, sendo um instante particularmente rico de fortalecimento dos laços comunitários dos seus habitantes. Ambos, no Cordão Encarnado e no Porto do Capim, são eventos pessoenses talvez não muito conhecidos pela maioria do povo da cidade, mas há tempos existentes.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Sérgio Botelho