Opinião

PARAHYBA DO NORTE E SUAS HISTÓRIAS: Ruas Antônio Sá, Genaro Sorrentino, Jacinto Cruz e Sá Andrade - Por Sérgio Botelho

Há um conjunto de ruas, na parte baixa da cidade, que ao fim e ao cabo terminam compondo uma espécie de corredor

PARAHYBA DO NORTE E SUAS HISTÓRIAS: Ruas Antônio Sá, Genaro Sorrentino, Jacinto Cruz e Sá Andrade - Por Sérgio Botelho

Há um conjunto de ruas, na parte baixa da cidade, que ao fim e ao cabo terminam compondo uma espécie de corredor entre a Praça Dom Ulrico, na cidade alta, e o Terminal de Integração, no Varadouro.

Elas dão sequência ao trânsito que tem início na Ladeira da Borborema, cruzando as ruas da Areia, Barão do Triunfo e Maciel Pinheiro. Refiro-me às ruas Antônio Sá, logo na sequência da ladeira, Genaro Sorrentino, entre a Cardoso Vieira e a Barão do Triunfo, Jacinto Cruz, a partir daí até a Sá Andrade (esta última, com uma das extremidades na Praça Pedro Américo, à altura do Quartel da Polícia Militar), que cruza a Maciel Pinheiro e finalmente leva o fluxo ao ponto coletivo dos ônibus que servem à Região Metropolitana de João Pessoa.

Os homenageados que consegui identificar são pessoas com vida e obra na capital paraibana. O primeiro, Antônio Sá, com escritório no Palácio da Associação Comercial da Paraíba, na rua Maciel Pinheiro, exerceu a advocacia na primeira metade do Século XX, com incursões na política entre 1920 e 1930, quando chegou a ser sugerido como candidato a prefeito da cidade da Parahyba, atual João Pessoa, sem sucesso.

Sob a liderança do desembargador Heráclito Cavalcanti, acabou formando em posição contrária à da Aliança Liberal, capitaneada por João Pessoa. Após 1930, não parece ter seguido na política. Genaro Sorrentino, que residia na Almeida Barreto, falecido em 1950, possuiu uma alfaiataria, na primeira metade do Século XX, na rua Barão do Triunfo, onde também mantinha um comércio de tecidos.

Compunha a direção da Sociedade Italiana de Beneficência XX de Setembro, com sede nas proximidades. João Baptista de Sá Andrade, médico, ocupou-se, na juventude, com a luta republicana, chegando a ser ferido durante movimento liderado por Silva Jardim, quando fazia Medicina em Salvador.

Na condição de parlamentar federal representante da Paraíba, ele assinou a primeira Constituição republicana, em 1891. Depois disso, assumiu a Inspetoria de Higiene da Paraíba. Faleceu em 1912, no Rio de Janeiro, onde estava sendo submetido a tratamento de saúde.

As referidas vias fazem parte do perímetro urbano pessoense considerado de tombamento rigoroso pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), desde 2004.

Na foto, a rua Antônio Sá (a da direita), entre a rua da Areia e a Barão do Triunfo, que dá continuidade ao trânsito, a partir da Ladeira da Borborema.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba